Brick: Entenda o final do novo suspense claustrofóbico da Netflix

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No catálogo da Netflix desde o último dia 10, 'Brick' vem chamando grande atenção dos assinantes do streaming, sendo uma das produções mais assistidas pelos brasileiros. Dirigido por Philip Koch, esse é um suspense de ficção científica alemão que, certamente, pode ser bastante desconfortável a quem é claustrofóbico.
Aqui, acompanhamos o casal Olivia (Ruby O. Fee) e Tim (Matthias Schweighöfer), que acorda certa manhã e, inexplicavelmente, percebem que seu apartamento está isolado por sólidas paredes de tijolos pretos misteriosos. Todas as janelas, portas e saídas de ar foram bloqueadas, isolando o casal e os demais moradores do prédio em um espaço confinado, sem informações do mundo exterior e com os recursos cada vez mais escassos.

Nesse cenário, a paranoia cresce, e as pessoas começam a se voltar umas contra as outras, levantando teorias do porquê os muros de tijolos apareceram, enquanto a violência fica cada vez mais comum. Assim, Olivia e Tim precisam tomar escolhas cruciais para conseguirem escapar do prédio com vida.
Como uma boa ficção científica, é claro que o final de 'Brick' pode ter deixado dúvidas para alguns espectadores. Visto isso, entenda o desfecho do filme e os impactos das decisões na história: (atenção: o texto conterá spoilers)

O que acontece
Próximo aos eventos finais do filme, Tim e Olivia descobrem que as paredes de tijolos pretos não são sobrenaturais — como alguns moradores do prédio chegam a sugerir —, mas sim parte de um sistema de defesa de alta tecnologia desenvolvida por uma empresa chamada Epsilon Nanodefense. Esse sistema deveria proteger edifícios em caso de emergências, mas um incêndio nas instalações da empresa o acionou acidentalmente, gerando problemas semelhantes por toda a cidade de Hamburgo, na Alemanha.
Um aspecto relevante das reviravoltas do filme é que um dos moradores do prédio, Anton (Josef Berousek), conseguiu desenvolver secretamente um aplicativo que permitia abrir uma brecha nas paredes emitindo uma sequência de luzes específicas. Porém, ele acabou sendo morto por Yuri (Murathan Muslu), um morador convencido de que, talvez, o muro existisse para protegê-los de um perigo ainda maior no mundo exterior.
Em dado momento, Tim consegue reconstruir o código de Anton, e Yuri aparece mais uma vez, para tentar impedi-lo de usar abrir o muro. Mas Olivia intervém e acaba matando Yuri, protegendo Tim. Juntos, o casal consegue rastejar por um túnel para escapar do prédio, mas acabam descobrindo algo ainda mais surpreendente: a cidade toda estava selada dentro das estruturas de tijolos pretos.

Por fim, através de uma transmissão de rádio temos uma última informação de que as autoridades estão se esforçando para responder à crise, mas, sem uma previsão de resgate ou qualquer explicação à vista, Tim a Olivia partem em um trailer, determinados a enfrentar juntos todas as dificuldades desse mundo caótico e com violência generalizada — assim, abrindo margem para uma possível sequência.
Mundo infectado?
É bastante comum quando pensamos em ficções científicas e casos de pessoas confinadas que são levadas ao extremo nos voltarmos logo a cenários apocalípticos, com zumbis ou infectados, ou mesmo alguma doença mortal correndo pelo mundo. Inclusive, isso pode ser cogitado não só pelos personagens, como até pelos espectadores, enquanto assistem ao filme.
No entanto, a intenção por trás de 'Brick' não vai por esse lado. Aqui, o mundo exterior não está contaminado, e as paredes nanotecnológicas que isolam edifícios só surgiram através de um problema, que foi o incêndio nas instalações da Epsilon, conforme repercute a People.

Com isso, o que o filme mostra ao espectador não é um perigo de fora, mas sim o perigo que pode surgir ao se estar confinado em algum espaço com pessoas que, levadas ao extremo, podem tomar as atitudes mais impensáveis e brutais.



