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Chespirito: As brigas que fizeram Dona Florinda e Quico terem nomes alterados na série
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Chespirito: As brigas que fizeram Dona Florinda e Quico terem nomes alterados na série

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Aventuras Na História
24/06/2025 21h00
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©Reprodução/Televisa
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No início deste mês, chegou ao catálogo do Max a nova série 'Chespirito: Sem Querer Querendo', uma produção biográfica que gira em torno de um dos comediantes mais famosos e queridos do México e da América Latina: Roberto Gómez Bolaños, o eterno Chaves.

A produção narra os eventos da vida pessoal e da carreira de Bolaños — que também criou outros sucessos como o 'Chapolin' —, abordando sua trajetória desde um comediante de segundo escalão, até um grande ídolo mexicano.

'Chespirito: Sem Querer Querendo' teve sua estreia no dia 5 de junho, com um episódio sendo lançado semanalmente; atualmente, há três episódios disponíveis.

No elenco, quem ocupa o papel de maior destaque, como Bolaños, é o ator mexicano Pablo Cruz; e além dele, também estão Paulina Dávila, Karina Gidi, Eugenio Bartilotti, Paola Montes De Oca e Miguel Islas, e até mesmo o lendário Edgar Vivar, hoje com 76 anos, que interpretou o Nhonho e o Sr. Barriga em 'Chaves'.

Porém, enquanto vemos várias menções e interpretações de atores já muito queridos pela maioria dos brasileiros — como Ramón Valdés, María Antonieta de las Nieves, Angelines Fernández e Rubén Aguirre —, dois nomes chamam atenção justamente por não serem reconhecíveis: Marcos Barragán e Margarita Ruiz, que interpretam Quico e Dona Florinda; estes, por sua vez, vividos originalmente por Carlos Villagrán e Florinda Meza.

O que nem todos sabem, mas podem descobrir assistindo a nova série, é que embora 'Chaves' nos tire muitas risadas, o clima de seus bastidores não era dos melhores. E justamente esses dois nomes em questão, Carlos Villagrán e Florinda Meza, tiveram atritos com a figura de Bolaños e o Grupo Chespirito — hoje administrados por um dos filhos do ator, Roberto Gómez Fernandez. Entenda!

Florinda Meza

Um dos lados dessa confusão, Florinda Meza, já tinha uma relação conturbada com os filhos de Bolaños há décadas. E algo impossível de se ver como motivo é o fato de que Roberto Gómez deixou sua esposa, Graciela Fernandez, com quem tinha seis filhos, para viver um novo relacionamento com Meza — com quem ficou junto até o fim de sua vida, em 2014.

Em 2020, com o fim do contrato da Televisa — a maior emissora de televisão do México — pelos direitos literários de exibir 'Chaves', todos os episódios da amada série ficaram fora do ar. Foi a partir de então que o canal e o Grupo Chespirito começaram uma disputa judicial pelos episódios; e, em 2022, Florinda mencionou em suas redes sociais que estava gastando dinheiro em uma batalha legal para fazer o programa retornar ao ar.

Porém, após o pronunciamento da madrasta, Roberto Fernandez negou completamente a afirmação de que ela gastava dinheiro por isso, e disse ignorar suas declarações e ainda reforçou ter pouca proximidade com ela. Essa batalha judicial se encerrou em 2024, e 'Chaves' voltou ao ar; mas o conflito ainda pairava sem solução.

Florinda Meza e Dona Florinda em 'Chaves' / Crédito: Getty Images / Reprodução/Televisa

Vale mencionar que, em 2023, Florinda Meza deu indícios de que processaria Maca Rotter, ex-assessora de Bolaños, acusando-a de repassar informações confidenciais e íntimas de sua vida aos produtores da nova série do Max — que, inclusive, tem dois filhos de Bolaños como roteiristas: Roberto e Paulina Gómez Fernandez.

Posteriormente, em maio de 2024, Florinda Meza publicou uma carta aberta em que negou as intenções de confrontar os Grupo Chespirito na Justiça e a rixa com os enteados:

Quero esclarecer que, até hoje, não processei ninguém, não é meu desejo e espero não me ver na necessidade de fazê-lo, por nenhum motivo. Nunca busquei conflito com os filhos do amor da minha vida".

Mas, quando mencionou a nova série, escreveu: "Espero que qualquer produção que fale sobre ele se atenha à verdade e reflita o que Roberto pensava e sentia. Qualquer visão diferente disso não será sua biografia, será outra história, a imaginação de outra pessoa, cheia de fantasias para vender. Mas o personagem que leva o nome de Roberto não será realmente ele".

Vale destacar que, na série, a personagem que se refere à Florinda é representada meramente como uma amante, com pouco desenvolvimento, dando mais foco para a primeira esposa de Bolaños, que é tida como a verdadeira musa do ator, que o acompanhou enquanto crescia em sua carreira, conforme repercute a Veja.

Carlos Villagrán

Já sobre Carlos Villagrán, ator que ficou eternizado como o mimado da vila, Quico, a confusão vem desde a época da produção de 'Chaves'. Um dos acontecimentos mais comentados e lembrados está justamente um suposto triângulo amoroso entre ele, Bolaños e Florinda Meza — que, segundo Villagrán, deu em cima dele no início do seriado, ao ponto de ele pedir para Bolaños lidar com a situação.

No entanto, o ator também oscilou em suas versões da história, tendo alegado, em 2015, que o envolvimento foi breve, sem danos a ninguém e que nem mesmo valia a pena falar sobre. Porém, em 2023, Florinda Meza declarou que falar sobre esse assunto seria "promover a imagem de alguém que não vale um centavo".

Além disso, após sete anos de 'Chaves', Villagrán decidiu sair do programa em 1979, planejando que seguiria carreira solo com seu personagem. Porém, anos depois acusou Bolaños de ter sabotado seu espaço, o que o criador da série negou e teve apoio de mais colegas de elenco.

Nesse tempo, Villagrán tentou levar seu personagem para um novo programa na Televisa, mas foi processado, visto que ele era de criação de Bolaños. O então presidente da Televisa, Azcárraga Milmo, tentou apaziguar a situação oferecendo um programa próprio para o Quico, mas ele ainda deveria ser supervisionado por Bolaños — o que Villagrán recusou, e acabou sendo banido da emissora e proibido de usar o personagem.

Carlos Villagrán e o personagem Quico, em 'Chaves' / Crédito: Getty Images / Reprodução/Televisa

Eventualmente, o ator conseguiu se livrar de imbróglios legais com um simples truque de grafia, alterando "Quico" por "Kiko", e lançando o programa 'Kiko Botones' em 1980, na Rádio Caracas Televisión, da Venezuela, onde passou mais sete anos sendo exibido.

Apesar de todas as confusões ao longo dos anos, a relação teve altos e baixos. Villagrán chegou a participar de uma homenagem a Bolaños na Televisa; mas dias depois retornou a criticá-lo publicamente, conforme repercute o portal Tracklist.

Além disso, quando Bolaños começou a enfrentar problemas de saúde — incluindo doença de Parkinson e um enfisema pulmonar —, Villagrán chegou a dizer, em 2013, que isso era "castigo divino" por sua ganância. Mas quando o ex-colega morreu, no ano seguinte, ele lamentou não ter feito as pazes ainda em vida.


Para conhecer mais detalhes sobre os bastidores e as confusões em torno de 'Chaves' e de Roberto Gómez Bolaños, assista 'Chespirito: Sem Querer Querendo', em exibição no Max.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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