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Chespirito: conheça a verdadeira história por trás da nova série
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Chespirito: conheça a verdadeira história por trás da nova série

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Aventuras Na História
30/06/2025 21h00
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©Reprodução/Televisa / Divulgação/Max
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Neste mês de junho, estreou no catálogo do Max a nova série 'Chespirito: Sem Querer Querendo', uma produção biográfica que homenageia um dos maiores comediantes que a América Latina já viu: Roberto Gómez Bolaños, criador e ator por trás de Chaves e do Chapolin Colorado.

Dividida em oito episódios — que estão saindo semanalmente, e atualmente apenas quatro estão disponíveis —, a produção narra os eventos em torno da vida pessoal e da carreira de Bolaños, desde sua infância e primeiras aspirações para o futuro, até a jornada como comediante de segundo escalão e, posteriormente, um grande ídolo mexicano.

No elenco, Pablo Cruz se destaca interpretando o próprio Bolaños, mas também são presentes figuras como Paulina Dávila, Karina Gidi, Eugenio Bartilotti, Paola Montes De Oca e Miguel Islas. Outra menção honrosa é a presença de Edgar Vivar, o intérprete original do Nhonho e do Sr. Barriga, hoje com 76 anos.

Porém, aqueles que já estão familiarizados com o elenco original de Chaves, pode acabar se estranhando algumas alterações da série. Por exemplo, a atriz Florinda Meza — que ficou conhecida por fazer a Dona Florinda e a Popis —, viúva de Bolaños, aparece retratada com outro nome, Margarita Ruiz.

Isso se deve ao fato de a atriz ter se recusado a fazer parte da série, mesmo que sua figura não pudesse ser ignorada da história de Bolaños. "Como profissionais da indústria do entretenimento, o mais valioso para nós é o público, que tem o direito de preservar a boa imagem de Roberto Gómez Bolaños e de garantir que qualquer produção que fale sobre ele seja fiel à verdade e reflita o que Roberto pensava e sentia. Qualquer opinião que não faça parte disso não será sua biografia; será outra história", escreveu ela em publicação no X, explicando sua recusa em ser parte da série.

Além de Florinda Meza, quem também tem o nome alterado na produção é Carlos Villagrán, o eterno Quico, retratado como Marcos Barragán. Ambos os casos envolvem divergências na produção e na própria relação conturbada entre essas pessoas e Roberto Bolaños e seus herdeiros — vale mencionar que Roberto Gómez Fernandez, um dos filhos do ator, é quem administra o Grupo Chespirito, responsáveis diretos pela produção do Max.

Para além das confusões e da carreira e história, 'Chespirito: Sem Querer Querendo' mostra vários aspectos da história de Bolaños, incluindo ainda seus dois casamentos, seus seis filhos e a carreira tanto na frente quanto atrás das câmeras. Conheça mais detalhes:

Elenco de "Chaves" / Crédito: Divulgação/Televisa

O Pequeno Shakespeare

Nascido em uma família de classe média, no dia 21 de fevereiro de 1929 na Cidade do México, Roberto Mario Gómez Bolaños era o segundo dos três filhos de Francisco Gómez Linares, um pintor e ilustrador reconhecido na época, e de Elsa Bolaños-Cacho.

Embora hoje seja conhecido principalmente por sua presença no mundo do entretenimento, Bolaños não pensava nisso quando criança. Em vez disso, ele era obcecado por futebol e boxe, e inclusive dedicou à luta durante sua adolescência; no entanto, devido ao seu tamanho, não pôde se tornar um profissional no esporte.

Mais velho, estudou engenharia na Universidade Nacional Autônoma do México, e começou a trabalhar para uma agência de publicidade aos 22 anos. Foi lá que descobriu um talento que o faria de fato famoso, escrevendo roteiros para rádio, televisão e cinema. Entre 1960 e 1965, ele chegou inclusive a escrever para dois dos programas de maior audiência do México.

Inclusive, foi nessa época que surgiu seu apelido de "Chespirito". Quem o chamou assim pela primeira vez foi o diretor Agustín P. Delgado, que deu o apelido em referência a ninguém menos que William Shakespeare — "Chespirito" seria uma versão de "Shakespearito", um diminutivo do nome do artista inglês; logo, "Chespirito" pode ser entendido como "Pequeno Shakespeare".

Roberto Gómez Bolaños em 2005 / Crédito: Getty Images

Grande sucesso

Em 1968, conforme repercute o Independent, Chespirito estabeleceu um contrato com uma nova emissora, o TIM (Televisión Independiente de México), que lhe atribuiu um espaço de meia hora todos os sábados à tarde, em que ele tinha controle absoluto sobre o que sairia no ar.

Nesse momento, ele fez suas primeiras esquetes de comédia, que acabaram tão populares que passaram a ser exibidos nas noites de segunda-feira, por uma hora. E foi desse programa, intitulado 'Chespirito', que nasceram os dois personagens mais emblemáticos da TV latino-americana: o Chaves e o Chapolin Colorado.

Os personagens ficaram tão populares que garantiram um espaço importante na programação: a emissora deu a cada um deles um programa de meia hora, e, nos anos que se seguiram, o México e outros países da América Latina passaram a acompanhar o pobre garoto atrapalhado que mora em um barril, e o herói com muita confiança e pouca habilidade, que vence o mal com sorte e bondade.

Roberto Gómez Bolaños como os personagens Chaves e Chapolin / Crédito: Divulgação

Ambos os programas tiveram sua estreia oficial em fevereiro de 1973, e 'Chapolin' chegou ao fim primeiro, com o último episódio sendo exibido em setembro de 1979; o último episódio de 'Chaves', por sua vez, saiu em janeiro de 1980. Mas nesse tempo, certamente ambos os programas fizeram história.

Já no primeiro ano das estreias, em 1973, os dois programas eram transmitidos por toda a América Latina, e algumas estimativas da época sugeriam que, no México, entre 50 e 60% de todas as televisões assistiam-no ao vivo. Mas mesmo com menos de 10 anos de duração, os dois programas seguiram no ar durante 25 anos, e eles seguem sendo reprisados em diversos países até hoje, cativando uma legião de fãs que vão desde crianças até os mais adultos.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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