Chespirito: Intérprete de Bolaños não conhecia o universo de Chaves

Aventuras Na História






Na última quinta-feira, 5, a HBO Max disponibilizou o primeiro episódio de Chespirito: Sem Querer Querendo, série que narra a trajetória de Roberto Gómez Bolaños, o criador de personagens icônicos como Chaves e Chapolin Colorado.
Esta é a primeira produção biográfica dedicada à vida e à carreira do artista, considerado um dos maiores nomes do entretenimento latino-americano.
A série tem direção de David "Leche" Ruíz e roteiro assinado pelos próprios filhos de Bolaños, Roberto Gómez Fernández e Paulina Gómez Fernandez, que também atuam na indústria do entretenimento.
Primeira viagem
O ator mexicano Pablo Cruz Guerrero dá vida a Roberto na produção — e revelou ao Los Angeles Times que, antes de ser escalado, não conhecia os famosos personagens criados por Bolaños.
Quero me convencer que [não conhecer Chaves e Chapolin] me permitiu ter uma objetividade em relação à história. Se eu fosse um fã, teria sido dominado pelo nervosismo ao viver o personagem", afirmou Guerrero na entrevista.
Para compor o papel, o ator mergulhou na autobiografia Sin Querer Queriendo: Memorias (2006), escrita pelo próprio Bolaños. “Tentei estabelecer um diálogo metafísico através das palavras que ele escreveu e editou ele mesmo no livro. Fiz perguntas e senti que tive uma belíssima conversa graças ao livro”, contou.
A falta de familiaridade inicial com o legado de Bolaños causou incerteza nos filhos do artista, que também assinam a produção. “Podia ler em seus rostos que estavam pensando: ‘estamos tomando a decisão certa ao escalar alguém que não ama genuinamente o legado de nosso pai?’”, relembrou Guerrero.
Apesar da desconfiança inicial, Roberto Gómez Fernández se disse surpreendido com a performance do ator. “Vi meu pai nele — tanto em situações complexas em cena quanto em pequenos gestos, como piscadelas e olhares para a câmera”, destacou à reportagem.
Guerrero também compartilhou um momento tocante vivenciado nos bastidores: “[Os filhos de Bolaños] me disseram: ‘acabo de ouvir meu pai através de você. Acabei de conversar com meu pai. Apertei sua mão e lhe dei um abraço’. Isso me deu forças para me sentir mais em sua pele e não duvidar de mim por causa do meu distanciamento.”


