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O Exorcista: Nos bastidores, elenco enfrentou mortes, incêndios e outros contratempos
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O Exorcista: Nos bastidores, elenco enfrentou mortes, incêndios e outros contratempos

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Aventuras Na História
14/06/2025 18h00
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©Reprodução/Warner Bros. Pictures
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Um dos maiores clássicos do terror, responsável por traumatizar — e seguir traumatizando — diferentes gerações, é 'O Exorcista'. Lançado em 1973 e dirigido por William Friedkin, o longa foi um grande marco para o gênero no cinema, eternizando o subgênero de possessão demoníaca, e se baseia no livro de mesmo nome, publicado em 1971 e escrito por William Peter Blatty.

"Uma atriz vai gradativamente tomando consciência de que a sua filha de doze anos está tendo um comportamento completamente assustador. Deste modo, ela pede ajuda a um padre, que também é um psiquiatra, e este chega a conclusão de que a garota está possuída pelo demônio. Ele solicita então a ajuda de um segundo sacerdote, especialista em exorcismo, para tentar livrar a menina desta terrível possessão", narra a sinopse do filme.

Mesmo que o filme já tenha mais de 50 anos, ele ainda é amplamente lembrado não só por seu conteúdo, mas também pelas histórias de seus bastidores. Isso porque, mesmo antes do início das filmagens, uma série de problemas estranhos ocorreram no set — e que continuaram ocorrendo até após a conclusão do longa.

E enquanto muitos podem considerar tudo como mera coincidência, há pessoas que começaram, na época, a suspeitar que algo ainda mais sinistro rondava a produção. "Não sou um adepto do ocultismo, mas depois de tudo o que vi neste filme, definitivamente acredito em possessão demoníaca. Há coisas que não podem ser tratadas por meios médicos ou psiquiátricos", disse o diretor, William Friedkin, em entrevista à revista de terror Castle of Frankenstein, em 1974.

Parece estranho, estranho e impossível, mas existe", continuou o cineasta. "Fomos atormentados por coisas estranhas e sinistras desde o começo. Foi simplesmente a coisa mais difícil que já fiz na minha vida".

Confira a seguir os detalhes e todos os contratempos que ocorreram em torno de 'O Exorcista', que ajudaram a criar a fama de que a produção era amaldiçoada:

Primeiros contratempos

Logo quando o elenco e a equipe começou a se preparar para as filmagens, aconteceu um incêndio em um dos sets mais importantes, a casa dos MacNeil, onde vive a jovem Regan, que fica possuída. E para deixar tudo ainda mais bizarro: os relatos dizem que o único cômodo que sobreviveu das chamas foi justamente o quarto de Regan. Apenas para reconstruir o set, foi necessário mais seis semanas.

Após reconstruírem o cenário, não demorou para aparecer outro problema: logo na primeira semana de filmagens, o ator Max von Sydow, intérprete do padre Lankester Merrin, recebeu a notícia de que seu irmão faleceu, e por isso precisou retornar à Suécia para o funeral. E de maneira bem semelhante, Linda Blair, que ficou eternizada na história do cinema como Regan MacNeil, perdeu o avô, causando outro atraso nas gravações.

Outro contratempo foi que uma estátua de demônio de 3 metros, que seria usada no filme, foi perdida em Hong Kong durante o trajeto, conforme repercute o site Syfy. Ela deveria chegar até um local de filmagem no Iraque.

Mortes e ferimentos

No documentário 'The Fear of God: 25 Years of the Exorcist', de 1998, Ellen Burstyn — que interpreta a mãe de Regan, Chris — conta que, durante a produção, nove pessoas relacionadas morreram, incluindo o bebê recém-nascido de um assistente de câmera e um vigia noturno.

Outra figura de maior destaque que faleceu foi o ator Jack MacGowan, que faz o diretor de cinema Burke Dennings no filme, que é morto por Regan, sendo possuído por um demônio. Ele morreu pouco após o papel, com apenas 54 anos, após sofrer complicações com uma gripe no Hotel Algonquin, em Nova York, em janeiro de 1973.

E além de mortes, também teve vários feridos, desde um membro da equipe que perdeu o dedo do pé, até um carpinteiro que decepou o próprio polegar por acidente. E até mesmo um momento que podemos ver no filme envolve um ferimento, quando a própria Linda Blairfraturou a lombar enquanto convulsionava em um arnês, que a fazia parecer levitar no filme.

Nesse episódio, enquanto ela gritava "Por favor, façam isso parar. Dói. Queima!", ela acabou fraturando a lombar, o que a levou a sofrer com escoliose por toda a vida. E como sua dor acabou refletindo com o roteiro, ninguém sabia que ela havia se ferido e precisava interromper a cena. "Essa é a filmagem que usaram no filme, em que eu choro copiosamente porque eles estão machucando brutalmente minhas costas", recorda Blair no documentário.

Além de Blair, Burstyn também machucou as costas, mas mais por um erro humano que uma interferência sobrenatural. Enquanto filmavam uma cena em que ela deveria ser bruscamente empurrada para o chão por forças demoníacas, um membro da equipe puxou o cinto preso à atriz com muita força, machucando suas costas. "Foi uma experiência ruim", recordou ela em 2018 ao The Guardian.

O que o elenco disse?

Com várias especulações de que a produção de 'O Exorcista' tenha sido de fato assombrada, devido aos eventos mencionados, certamente criou-se uma propaganda bastante sombria e eficiente sobre a obra, popularizando-a. Mas mesmo que isso tenha acontecido, muitos dos que trabalharam no filme negaram todas essas teorias.

Se você filmar algo por um ano, as pessoas vão se machucar, as pessoas vão morrer, afirmou Max Von Sydow em 'Fear of God'. "É muito bom para publicidade, mas se você não acredita no diabo, você não acredita em maldições".

Porém, para acalmar alguns membros da equipe que realmente pensaram que o set poderia ser mal-assombrado, Friedkin até chegou a chamar o padre Thomas Bermingham, que também foi consultor do filme, para realizar um exorcismo. "Eu disse: 'Não, Billy. Não quero aumentar a ansiedade nem nada do tipo, e provavelmente não estamos lidando com nada além de um acidente de um tipo ou de outro'", compartilhou o padre no documentário.

Inclusive Blair, que tinha apenas 13 anos, chegou a dizer que o tema não a assustava, muito porque ela foi criada como protestante e, por isso, não entendia o conceito de possessão. "Eu sempre digo que provavelmente foi bom não terem contratado uma criança católica, que talvez tivesse ouvido falar do diabo, das coisas que estavam no armário", afirmou ela em entrevista à IGN em 2000.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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