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Os últimos momentos de Amy Bradley: Jovem que desapareceu em cruzeiro e jamais foi vista
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Os últimos momentos de Amy Bradley: Jovem que desapareceu em cruzeiro e jamais foi vista

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Aventuras Na História
20/07/2025 19h00
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https://timnews.com.br/system/images/photos/16565196/original/open-uri20250720-36-z04j7x?1753038311
©Divulgação/Netflix
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O que era para ser uma viagem em família rumo ao paraíso se transformou em um pesadelo sem fim. Em 24 de março de 1998, a norte-americana Amy Lynn Bradley, de 23 anos, desapareceu misteriosamente do navio de cruzeiro Rhapsody of the Seas, da Royal Caribbean, enquanto navegava entre Aruba e Curaçao, nas Antilhas Holandesas. Desde então, o paradeiro de Amy permanece um dos maiores mistérios não resolvidos da era moderna.

Formada em educação física e recém-contratada por uma empresa de tecnologia, a garota estava cheia de planos: ia começar a vida em um novo apartamento, buscaria seu buldogue inglês adotado e pensava em cursar mestrado em psicologia esportiva. Mas tudo isso foi interrompido naquela madrugada, após uma noite dançante na boate do navio com seu irmão, Brad, e outros passageiros.

"Eu e meus pais passamos por muita tristeza, mas a última coisa que eu disse para Amy foi 'Eu te amo', antes de dormir naquela noite. Saber que essa foi a última coisa que eu disse a ela sempre foi muito reconfortante para mim", disse Brad em vídeo divulgado pelo FBI.

Agora, essa história inquietante é tema da nova série documental da Netflix, "Onde Está Amy Bradley" (Amy Bradley Is Missing), que estreou na Netflix nesta última semana. 

Desaparecimento

Por volta das 5h30 da manhã, o pai, Ron Bradley, viu Amy descansando em uma espreguiçadeira na varanda da cabine. Meia hora depois, ela havia desaparecido sem deixar rastros — levando apenas um isqueiro e alguns cigarros, mas sem sapatos, sem dinheiro, e sem qualquer sinal de despedida.

Ron inicialmente acreditou que sua filha pudesse ter subido ao convés para tirar fotos ou tomar um café. No entanto, ao não encontrá-la por lá, começou a procurá-la por todo o navio durante mais de uma hora. Com o tempo passando e nenhum sinal, a preocupação aumentou, e ele acordou sua esposa, Iva, para avisar que Amy havia desaparecido.

Quando descobrimos que Amy estava desaparecida, imploramos à tripulação do navio que não baixasse a passarela, que não permitissem que ninguém saísse do navio", disse Iva à NBC News em 2005.

Apesar dos apelos desesperados da família, a tripulação permitiu o desembarque dos passageiros em Curaçao antes de qualquer busca formal. O capitão se recusou a anunciar o desaparecimento, alegando que poderia causar pânico. A investigação inicial foi lenta e falha — e embora o FBI tenha se envolvido posteriormente, a ausência de evidências concretas impediu qualquer conclusão definitiva.

Em 1999, após a família Bradley entrar com um processo contra a Royal Caribbean, acusando a empresa de negligência, difamação e dano emocional intencional, a companhia de cruzeiros divulgou um comunicado afirmando que havia agido "de maneira apropriada e responsável em todos os momentos".

O nome do músico Alister "Yellow" Douglas, integrante da banda que se apresentou na noite do desaparecimento, também surgiu como figura polêmica. Ele foi visto dançando com a jovem e foi a última pessoa conhecida a falar com ela, segundo testemunhas.

Douglas negou qualquer envolvimento e foi interrogado tanto pela segurança do navio quanto pelo FBI, que não encontrou evidências que o ligassem diretamente ao desaparecimento. Ainda assim, a família Bradley nunca ignorou a coincidência de que Yellow expressou pesar pelo sumiço de Amy antes mesmo de a informação se tornar pública.

'Onde Está Amy Bradley?'

O caso ganhou nova atenção com o lançamento do documentário 'Onde Está Amy Bradley?', da Netflix, na última quarta-feira, 16, que mergulha em teorias, testemunhos e possíveis avistamentos.

Entre eles, relatos dão conta de uma mulher com as características físicas de Amy — incluindo suas tatuagens marcantes — sendo vista em situações suspeitas em Curaçao, em um bordel, em uma praia e até em um site adulto caribenho, sob o nome "Jas".

Embora nenhum desses indícios tenha sido confirmado, eles sustentam a hipótese mais temida pelos pais: a de que Amy teria sido vítima de tráfico humano.

Segundo a 'PEOPLE', o mistério sobre o que aconteceu com Amy Bradley persiste há mais de duas décadas, alimentado por suspeitas, contradições e falhas na condução das buscas.

Enquanto o tempo passa e novas pistas surgem apenas para desaparecerem no mar de incertezas, Ron e Iva Bradley seguem na luta, amparados por uma única certeza: Amy não desapareceu por vontade própria.

Minha intuição como mãe é que alguém a tem", disse Iva no documentário. "Alguém a viu, alguém a quis e alguém a levou".

Até hoje, Amy Bradley segue listada como desaparecida pelo FBI, que oferece recompensa por informações concretas. Enquanto isso, sua história permanece como um alerta sombrio sobre os riscos invisíveis nas rotas aparentemente seguras do turismo em alto-mar — e como o silêncio e a burocracia podem se tornar cúmplices de tragédias jamais esclarecidas.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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