Príncipe Harry acusa jornal The Sun de ligá-lo ao caso de P. Diddy

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O príncipe Harry acusou o jornal britânico The Sun de agir por motivações de vingança ao publicar uma matéria de capa em março de 2024 que o citava em um processo de tráfico sexual movido contra o rapper americano Sean "Diddy" Combs.
As alegações constam em documentos judiciais recém-divulgados como parte de uma ação movida por Harry contra o grupo News Group Newspapers (NGN), pertencente ao magnata Rupert Murdoch.
Segundo o Duque de Sussex, a publicação da matéria — que estampava a manchete "Harry citado em caso de tráfico sexual de P. Diddy" — fez parte de uma campanha de retaliação do tabloide em resposta às acusações que ele moveu contra o grupo por escutas telefônicas ilegais e coleta de dados privados sem consentimento.
O príncipe afirma que o artigo e outras matérias publicadas pelo The Sun e o Sun on Sunday causaram graves impactos à sua saúde mental e à de sua esposa, Meghan Markle, e seus filhos. Ele também alega que os conteúdos falsos foram responsáveis por deteriorar seu relacionamento com a família real, forçando sua saída definitiva da instituição e sua mudança para a América do Norte.
Processos
No centro da polêmica está a cobertura de um processo de US$ 30 milhões movido pelo produtor musical Rodney Jones contra Diddy, que enfrenta acusações de tráfico sexual e extorsão — que ele nega.
O processo menciona o nome de Harry entre várias figuras públicas que, segundo os documentos, teriam sido citadas para "legitimar" festas privadas organizadas pelo rapper. No entanto, o duque não é acusado de qualquer crime e afirma ter encontrado o americano apenas uma vez, em 2007, após um concerto em homenagem à princesa Diana.
O NGN, em sua defesa, rejeitou as alegações de retaliação e sustentou que a matéria é factualmente correta. Um porta-voz afirmou que Harry foi mencionado porque seu nome aparecia em documentos judiciais e que "ficou claro no artigo que ele não era acusado de qualquer irregularidade". A empresa também ressaltou que outros veículos cobriram o caso de forma semelhante.
A disputa legal entre Harry e o grupo NGN foi parcialmente resolvida em janeiro, com o pagamento de mais de £10 milhões em danos e custas judiciais aos reclamantes, incluindo o ex-vice-líder do Partido Trabalhista britânico, Tom Watson. O acordo encerrou o processo sem julgamento, embora documentos anexos ao caso continuem revelando detalhes sobre a conduta da imprensa britânica.
Segundo o 'The Guardian', como parte do acordo, o grupo de mídia pediu desculpas formais ao príncipe Harry pela invasão de sua privacidade através de escutas telefônicas conduzidas pelo extinto jornal News of the World e por ações ilegais cometidas por investigadores particulares a serviço do The Sun entre 1996 e 2011.


