Saiba quem é Ronald Biggs, o infame 'ladrão do século' que ganhará série
Aventuras Na História

A fascinante história do britânico Ronald Biggs, conhecido como o assaltante do trem pagador, será adaptada em uma série de ficção do streaming Max. Baseada no livro inédito "Ronald Biggs, o Grande Ladrão", de Tom Cardoso, a produção será desenvolvida pela Mixer Films e terá como foco o período em que Biggs viveu no Brasil.
Conhecido como "o ladrão do século", o gatuno ganhou notoriedade por seu envolvimento no histórico roubo ao trem pagador em Londres, em 1963. Após fugir da justiça, ele encontrou o refúgio no Rio de Janeiro, onde viveu por mais de 30 anos.
Em 2001, Biggs decidiu se entregar às autoridades britânicas e foi preso em uma penitenciária de segurança máxima até sua libertação, em 2009. Ele faleceu em 2013, aos 84 anos, em um asilo, enfrentando problemas de saúde.
A nova série promete explorar os detalhes de sua vida no Brasil, um período marcado por diversas reviravoltas, polêmicas e pelo intenso interesse da mídia, conforme repercute O Globo.
Plano de Fuga
Nosso hábito de não extraditar estrangeiros procurados surgiu no fim do século 19. "O Brasil assinou todas as convenções internacionais que concedem abrigo aos estrangeiros", diz Paulo Borba Casella, especialista em Direito Internacional da Universidade de São Paulo.
A lista de beneficiados inclui um representante das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e Alfredo Stroessner, ex-ditador paraguaio.
Outro exemplo é ex-senador boliviano Roger Pinto Molina, acusado de participar do massacre em Porvenir em 11 de setembro 2008. Em meio a uma tentativa de golpe de estado da direita, insatisfeita por um plebiscito que confirmou Evo Morales no poder, 12 militantes pró-governo e um soldado foram assassinados.
Molina refugiou-se na embaixada brasileira de La Paz em 2012 e no mesmo ano conseguiu asilo político no Brasil, fugindo do país em 2013 com a ajuda de autoridades brasileiras, sob ordens do ministro das relações exteriores Antonio Patriota, que se demitiu posteriormente. Ele morreu em Brasília, em 16 de agosto de 2017, aos 57 anos.
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