Submersível Titan: o que o documentário da Netflix diz sobre o acidente?

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Em junho de 2023, o mundo acompanhou atônito o acidente do submersível Titan, que implodiu durante uma expedição aos destroços do Titanic, no fundo do Oceano Atlântico.
A tragédia matou os cinco ocupantes e gerou uma onda de questionamentos sobre a segurança das expedições privadas em águas profundas. Agora, a Netflix estreia o documentário "Titan: O Desastre da OceanGate", que explora os erros e alertas ignorados por trás do desastre.
“O quanto mais eu me aprofundava nessa terrível tragédia, mais intrigado ficava sobre como isso pôde ter acontecido e quem exatamente foi o homem que construiu e afundou com este navio. Esperamos que este filme possa ajudar a encontrar respostas para essas mesmas perguntas”, afirma à CNN o diretor do documentário, Rory Monroe.
Sobre a produção
O foco do filme é Stockton Rush, fundador da OceanGate e idealizador do Titan. O empresário buscava reconhecimento como um agente de transformação tecnológica ao oferecer viagens turísticas ao fundo do mar.
No entanto, a pressão para cumprir suas promessas e colocar as expedições em prática o levou a decisões arriscadas, mesmo diante de falhas técnicas.
Um dos momentos mais impactantes do documentário é o depoimento de David Lochridge, piloto de submersível e ex-diretor de operações marítimas da OceanGate. Ele relata que alertou Rush sobre os perigos do Titan, mas acabou sendo demitido após expor suas preocupações.
Entre os pontos críticos apontados está o uso de fibra de carbono no casco do submersível — uma escolha que visava tornar a embarcação mais leve e econômica, mas que, segundo especialistas, comprometeu a segurança.
Diferentemente de outros submersíveis, normalmente fabricados em aço ou titânio, o Titan apresentou vulnerabilidades que alarmaram parte da equipe técnica.
O documentário destaca como essas decisões de engenharia e a resistência de Rush a críticas internas contribuíram para o desfecho trágico. “O filme critica um segmento da sociedade que acredita que as regras não se aplicam a eles e se sente no direito de quebrá-las em nome de algo maior”, resume Monroe.


