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Vencedor da Palma de Ouro: relembre as participações do Brasil em Cannes
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Vencedor da Palma de Ouro: relembre as participações do Brasil em Cannes

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Aventuras Na História
14/05/2025 20h30
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©Getty Images
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O diretor Kleber Mendonça Filho será, pela terceira vez, o representante do Brasil na competição oficial do Festival de Cannes, na França. Em 2025, ele leva ao evento o longa “O Agente Secreto”, thriller político ambientado nos anos 1970, durante a ditadura militar brasileira. O filme é estrelado por Wagner Moura, e disputa o principal prêmio do festival: a Palma de Ouro.

A participação brasileira em Cannes, no entanto, já tem uma trajetória sólida. Um levantamento feito pela empresa de inteligência Oddspedia mostra que o país já foi indicado ao menos 18 vezes nas categorias principais, em 75 edições do festival. E soma, até agora, seis vitórias nas competições oficiais.

Lista de indicações e vitórias do Brasil em Cannes - Oddspedia

Retrospectiva

A primeira conquista brasileira aconteceu em 1953, com "O Cangaceiro", de Lima Barreto, premiado na então categoria de Melhor Filme de Aventura, hoje extinta. O filme também marcou o primeiro reconhecimento internacional do cinema nacional.

O auge veio em 1962, com a histórica vitória de "O Pagador de Promessas", de Anselmo Duarte, que recebeu a única Palma de Ouro já conquistada por um filme brasileiro. A obra narra a jornada de fé de Zé do Burro, interpretado por Leonardo Vilar, que tenta cumprir uma promessa em Salvador após a cura de seu animal.

Desde então, o Brasil voltou a figurar entre os premiados em outras categorias. Em 1969, Glauber Rocha foi reconhecido com o prêmio de Melhor Diretor por "O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro", dividido com o cineasta tcheco Vojtěch Jasný.

A interpretação brasileira também brilhou em Cannes. Em 1986, Fernanda Torres venceu como Melhor Atriz por sua atuação em "Eu Sei que Vou te Amar", de Arnaldo Jabor. Décadas depois, em 2008, Sandra Coverlonirepetiu o feito com sua performance em "Linha de Passe", dirigido por Walter Salles.

“Isso mostra a força da formação em dramaturgia no Brasil”, avalia a atriz e diretora Mariana Loureiro, que trabalhou com Walter Salles em "Abril Despedaçado" e hoje prepara atores para o mercado audiovisual. “Sandra vinha do teatro, e foi sua estreia no cinema. A preparação de elenco foi essencial para a transição de linguagem com intensidade e delicadeza.”

Em 2019, o Brasil voltou a figurar entre os premiados com "Bacurau", também de Kleber Mendonça Filho, que levou o Prêmio do Júri, dividido com Les Misérables, de Ladj Ly. Apesar do reconhecimento crescente, o país nunca venceu nas categorias de Melhor Ator, Melhor Roteiro, Grand Prix e Melhor Primeiro Filme.

Agora, com "O Agente Secreto", há expectativa por uma nova conquista — e quem sabe um inédito prêmio de Melhor Ator para o Brasil. “O Kleber mesmo disse que essa pode ser a melhor atuação do Wagner Moura no cinema”, comenta Loureiro. “Temos uma grande expectativa.” O Festival de Cannes 2025 acontece entre os dias 14 e 25 de maio, e a torcida brasileira já está a todo vapor.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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