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Psicóloga avalia vício preocupante do ex-nadador Xuxa
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Psicóloga avalia vício preocupante do ex-nadador Xuxa

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Caras
11/06/2025 21h47
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©Reprodução/Youtube
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O ex-nadador olímpico Fernando Scherer, conhecido como Xuxa, revelou recentemente que enfrentou um vício em álcool durante sua carreira profissional. A revelação surpreendeu o público e levantou um alerta sobre os bastidores da alta performance esportiva. Segundo o atleta, o consumo de bebidas estava diretamente ligado à pressão de representar o Brasil nas piscinas.

Com o fim da carreira, Xuxa diz que mergulhou em um momento depressivo e passou a refletir sobre o papel que o alcoolismo teve nesse processo: "Veio a vontade de parar, e junto com isso, a dificuldade de lidar com tudo o que eu deixava para trás". Mas qual é a relação entre a aposentadoria de um atleta e o desenvolvimento de quadros como depressão e vício?

Existe ligação entre depressão e uso de álcool?

Para entender melhor esse cenário, a CARAS Brasil conversou com a psicóloga Leticia de Oliveira, que analisou o caso do ex-nadador à luz da saúde mental e trouxe reflexões importantes sobre a dependência emocional e química.

"É muito comum a associação da depressão com o uso de algum tipo de substância, pode ser o álcool, podem ser drogas, porque a pessoa que está deprimida tem uma breve pausa quando está sob o efeito de algum entorpecente. O álcool, assim como as drogas, traz momentaneamente um não sentir, um não entrar em contato com a dor. Mas, posteriormente, isso se intensifica, porque o álcool é um depressor", explicou Leticia.

Segundo ela, o alívio causado pela substância é apenas momentâneo e tende a gerar um efeito rebote, aprofundando ainda mais o estado depressivo.

"Costumo fazer um paralelo com pagar o mínimo da fatura do cartão de crédito: na hora, você sente um alívio, faz um investimento menor, sobra dinheiro para outras coisas — se divertir, comprar — mas, lá na frente, os juros são tão altos que você acaba se afogando nas próprias dívidas. Da mesma forma, há um aumento significativo da depressão", reforçou a psicóloga.

O que acontece com atletas depois da aposentadoria?

A transição da vida de alto rendimento para a rotina comum pode ser um gatilho silencioso para transtornos mentais. Leticia aponta que o impacto é mais profundo do que se imagina.

"É difícil avaliarmos exatamente as razões pelas quais ele está passando por esse quadro depressivo, mas é possível entender, ou pelo menos supor, que com toda a adrenalina, com toda a dopamina que um atleta de alto rendimento vivencia, após a parada, após a aposentadoria, vem um vazio, um vazio existencial, até mesmo de propósito", explicou.

Esse sentimento, segundo ela, se assemelha à chamada síndrome do ninho vazio, vivida por mães após os filhos saírem de casa.

"É similar ao que acontece com uma mãe que vive em função dos filhos e, depois, enfrenta a síndrome do ninho vazio. E, se a gente não tem recursos, não tem autoconhecimento, não tem uma estrutura emocional embasada, é muito fácil cair no buraco da depressão e acabar sendo levado para outro tipo de vício, como drogas ou álcool. Por isso, é preciso ressignificar, para que a depressão vá embora e o papel do alcoolismo perca força nesse quadro", finalizou a especialista.

Leia também: Sheila Mello e Fernando Scherer se reúnem no aniversário da filha

Leia a matéria original aqui.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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