Taís Araujo revela tristeza com rumo de Raquel em Vale Tudo: ‘Frustrada'

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A atriz Taís Araujo confessou que ficou triste ao ver mudança na história de Raquel no remake da novela Vale Tudo, da Globo. Ela contou que não sabia que a mocinha voltaria a ficar pobre ao perder a Paladar em um golpe de Odete Roitman. Com isso, ela expressou sua frustração.
"Quando peguei a Raquel para fazer, falei: 'Cara, a narrativa dessa mulher é a cara do Brasil. E ela vai ter uma ascensão social a partir do trabalho. Vai ser linda e ela vai ascender e ela vai permanecer'. Isso vai ser uma narrativa muito nova do que a gente vê sobre representação da mulher negra na teledramaturgia brasileira. Quando vejo que isso não aconteceu, como uma artista que quer contar uma nova narrativa de país, e a dramaturgia proporciona isso, confesso que fico triste e frustrada", disse ela em entrevista no site Quem.
E completou: "E acho que a Raquel tinha todas as possibilidades da gente contar essa nova narrativa dessa mulher. E quando li, pensei: Ai, meu Deus, não vai ter? Não, não vai ter'. Tenho que lidar com a realidade que me cabe, que é a de uma intérprete, de uma personagem, que não é escrita por mim".
Apesar da frustração inicial, a atriz defende sua personagem com todas as forças. "E com respeito enorme a todas as mulheres que Raquel representa, vou até o final defender essa personagem porque acredito nessa mulher. Acredito nessa mulher negra que trabalha para manter uma família, que acende socialmente, que se dedica, que é uma mulher séria, capaz, competente", contou.
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Taís Araujo reflete sobre Vale Tudo
A atriz Taís Araujo refletiu sobre uma cena marcante da personagem Raquel na novela Vale Tudo, da Globo. Na história, a personagem desabafou sobre não se achar bonita. Então, a atriz comentou que se identificou com este lugar de ver como uma pessoa bonita e também falou que recebeu comentários dos fãs sobre isso.
Em um vídeo nas redes sociais, a artista contou sobre sua própria experiência com a autoestima. "Essa cena da Raquel dizendo que não se achava uma mulher bonita, é uma cena que repercutiu muito, principalmente entre as pessoas pretas e nos sites pretos… E pessoas se identificando, falando: ‘Nossa, demorei para me achar bonita’, ‘Nossa, fui me achar bonita adulta’. Homens e mulheres, tá? A maioria esmagadora de pessoas pretas. Se reconhecer bonito não é uma questão de beleza, tá gente? A gente não está falando de estética. Não é simples assim, não é tão simplório. A gente fala sobre se sentir pertencente e possível. E se sentir bonita é isso, é a autoestima, é você ter coragem de levantar da cama, sabe? Não é só a beleza estética. A parada é muito mais profunda”, disse ela.
E completou: "E aí eu lembrei muito de mim, assim… Eu também demorei muito para me achar bonita. E tem uma coisa que era assim: Eu, com treze anos, adolescente, eu comecei a trabalhar como modelo. Então era o mundo da moda dando um carimbo: Essa menina é uma menina bonita. Eu fazendo capa de revista. Só que, no meu meio social, que era onde de fato importava, que era onde eu estava vivendo e queria me sentir pertencente, não. Ninguém queria me namorar. Mas aí depois a gente cresce e também fala assim… Como diz a Raquel: ‘Bola pra frente!’. Eu achei muito lindo todo se identificar. O não pertencimento também é um lugar de encontro e também pode ser um lugar de fortalecimento”.
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