Colegas de elenco de Daniella Perez relembram morte da atriz, pouco antes da estreia da série Pacto Brutal

Estrelando








Nesta quinta feira, dia 21 de julho, estreia na HBO Max uma das séries documentais mais aguardadas dos últimos meses. Pacto Brutal, vai contar, em detalhes, todo o caso da morte da atriz Daniella Perez, assassinada em 1992 pelo colega de elenco Guilherme de Pádua e da esposa dele, Paula Thomaz.
Prestes a completar 30 anos da tragédia, a série vai trazer uma perspectiva diferente do caso, com entrevistas e depoimentos de familiares e amigos de Daniella Perez.
Um dos participantes da produção é o ator Eri Johnson, amigo e colega de cena da atriz na novela De Corpo e Alma. Eri contou para o colunista Fefito como descobriu que a amiga havia sido assassinada e como se sentiu ao saber que o suspeito era um colega de elenco.
- Acordei no dia seguinte com a notícia e já havia o rumor de que teria sido alguém do elenco da novela. Eu interpretava um gótico apaixonado pela personagem dela, que vivia em cemitérios. Mas era tão absurdo que se cogitasse que alguém da novela tivesse matado ela. A gente considerava uma hipótese estapafúrdia. Não era.
Eri conta que, mesmo dividindo a tela com Pádua, nunca foi próximo dele:
- No ensaio de uma peça de teatro, achei que ele foi grosso com uma atriz numa discussão por marca de cena e tomei partido dela. Desde então, não nos falamos mais.
O ator lamentou a perda precoce da atriz e ainda completou com uma mensagem carinhosa sobre sua carreira:
- Daniella seria uma grande estrela hoje em dia. Provavelmente estaria em 'Pantanal' com uma personagem forte, como Maria Marruá ou Maria Bruaca.
A série da HBO Max também conta com outros nomes de peso, como é o caso de Claudia Raia. A atriz, que na época era amiga próxima do então marido de Daniella Perez, Raul Gazolla, relembrou os momentos de angústia. Ela contou que até chegou a desconfiar de Guilherme, que antes de ser conhecido como autor do crime, chegou a consolar os familiares de Daniella:
- Ele ficou ali um tempo, chorando, dizendo: - Meu Deus, que loucura isso. Parecia bastante emocionado, muito indignado com tudo.- Como fizeram isso com essa garota, essa menina é um anjo. Me abraçou também, nem me conhecia. E eu não sei por que olhei o braço do Guilherme. Tinha, na parte do antebraço, arranhão de unha de mulher. Me chamou a atenção aquilo. Guardei pra mim. Era recente. Estava meio em carne viva, meio sangrandinho, contou Raia.
A série será dividida em cinco episódios, três deles já disponíveis na noite de estreia para os assinantes da HBO Max.
Abaixo, conheça mais sobre o caso!






![Em outra ocasião, Raul Gazolla deu uma entrevista emocionante ao youtuber Júnior Coimbra, do canal Rap 77. - Foi um diferencial, um trauma muito forte. Tem antes da Dani e depois da Dani, confessou o artista, que continuou, falando novamente do amigo que queria acabar com a vida de Guilherme: - Eu tinha um amigo que era contraventor [uma pessoa que infringe as leis]. Quando ele soube do caso, ele não foi me visitar, não foi no enterro, não foi nada. Quando passou o enterro, ele mandou me chamarem para a casa dele. Eu fui na casa dele e ele falou assim: Gazolla, estou mandando descer todas as pessoas que eu conheço. A gente vai mandar explodir a 16ª [Delegacia de Polícia, onde estava o assassino], e matar o cara. Porque ninguém faz isso com mulher de amigo nosso. E eu fiquei uma duas horas o convencendo de que ele não deveria fazer isso. Por que eu sou gente boa? Não. Porque eu falei assim: Essa história está mal contada, tem mais coisa aí. Esse rapaz precisa viver para ele contar a verdade. Além do mais, quando você explode a 16ª para matar alguém, você vai matar inocentes. E eu não posso dormir com esse barulho na minha cabeça. E depois de duas horas o cara falou: Tem razão, vamos deixar correr com a Justiça, revelou Gazolla. Raul ainda disse ter certeza que Pádua não se arrependeu do crime. - A única coisa que me incomoda muito - mesmo eu tentando ser uma pessoa melhor - é que todas as vezes que ele veio a público, [ele] manteve o nariz em pé e disse aconteceu o que tinha que acontecer. Ele nunca falou Que m***a que eu fiz. Nem ele, nem a mulher. Eu rezo todos os dias para que a gente não se encontre. Todas as entrevistas que eu vi dele, ele nunca se arrependeu. Sabe o que ele carrega para ele? Perdi a oportunidade de ser ator, que era tudo para ele. E contou que os meses após a tragédia foram bem difíceis. - O primeiro ano, graças à minha mãe e aos meus amigos, eu me mantive um cara normal. Mas durante um ano eu andava e não sentia o chão. Eu não conseguia entender por que alguém podia matar alguém com quem estava contracenando, e que nunca tinha feito nada de mal. Eu não conseguia entender isso. Foi um momento bem difícil que contribuiu muito para o meu infarto. Em outra ocasião, Raul Gazolla deu uma entrevista emocionante ao youtuber Júnior Coimbra, do canal Rap 77. - Foi um diferencial, um trauma muito forte. Tem antes da Dani e depois da Dani, confessou o artista, que continuou, falando novamente do amigo que queria acabar com a vida de Guilherme: - Eu tinha um amigo que era contraventor [uma pessoa que infringe as leis]. Quando ele soube do caso, ele não foi me visitar, não foi no enterro, não foi nada. Quando passou o enterro, ele mandou me chamarem para a casa dele. Eu fui na casa dele e ele falou assim: Gazolla, estou mandando descer todas as pessoas que eu conheço. A gente vai mandar explodir a 16ª [Delegacia de Polícia, onde estava o assassino], e matar o cara. Porque ninguém faz isso com mulher de amigo nosso. E eu fiquei uma duas horas o convencendo de que ele não deveria fazer isso. Por que eu sou gente boa? Não. Porque eu falei assim: Essa história está mal contada, tem mais coisa aí. Esse rapaz precisa viver para ele contar a verdade. Além do mais, quando você explode a 16ª para matar alguém, você vai matar inocentes. E eu não posso dormir com esse barulho na minha cabeça. E depois de duas horas o cara falou: Tem razão, vamos deixar correr com a Justiça, revelou Gazolla. Raul ainda disse ter certeza que Pádua não se arrependeu do crime. - A única coisa que me incomoda muito - mesmo eu tentando ser uma pessoa melhor - é que todas as vezes que ele veio a público, [ele] manteve o nariz em pé e disse aconteceu o que tinha que acontecer. Ele nunca falou Que m***a que eu fiz. Nem ele, nem a mulher. Eu rezo todos os dias para que a gente não se encontre. Todas as entrevistas que eu vi dele, ele nunca se arrependeu. Sabe o que ele carrega para ele? Perdi a oportunidade de ser ator, que era tudo para ele. E contou que os meses após a tragédia foram bem difíceis. - O primeiro ano, graças à minha mãe e aos meus amigos, eu me mantive um cara normal. Mas durante um ano eu andava e não sentia o chão. Eu não conseguia entender por que alguém podia matar alguém com quem estava contracenando, e que nunca tinha feito nada de mal. Eu não conseguia entender isso. Foi um momento bem difícil que contribuiu muito para o meu infarto.](https://timnews.com.br/tagger/images?url=https%3A%2F%2Fwww.estrelando.com.br%2Fuploads%2F2021%2F03%2F04%2Fdanielle-perez4-1614880281.675x645.jpg)





