Justiça nega pedido de habeas corpus de Oruam
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A 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decidiu, nesta quinta-feira (11), manter a prisão preventiva do rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam. Ele está preso desde 22 de julho, após se apresentar à polícia em cumprimento a um mandado de prisão relacionado a uma acusação de tentativa de homicídio contra o delegado Moyses Santana Gomes e o policial civil Alexandre Alvez Ferraz.
A defesa havia solicitado a substituição da prisão por medidas cautelares, mas o pedido foi negado pela desembargadora Marcia Perrini Bodart, que destacou a necessidade de preservar a ordem pública e garantir a segurança social. Além da tentativa de homicídio, o artista também responde por outros sete crimes, incluindo tráfico de drogas, associação para o tráfico e ameaça. A denúncia do Ministério Público do Rio afirma que Oruam, junto com Willyam Matheus Vianna Rodrigues Vieira e outros indivíduos não identificados, teria lançado pedras de uma altura de 4,5 metros contra agentes durante a apreensão de um adolescente.
Carta aberta aos fãs
De acordo com o MP-RJ, os objetos, com peso de até 4,85 kg, poderiam ter causado ferimentos graves ou até fatais. Um policial foi atingido nas costas, enquanto outro precisou se abrigar atrás de uma viatura. Para o órgão, os acusados agiram com dolo eventual, assumindo o risco de provocar mortes.
Em uma carta divulgada nas redes sociais no dia 9, Oruam refletiu sobre o período na cadeia e sua relação com a família. “Para todos os meus fãs, um leão ferido ainda é um leão. Ninguém prende quem tem a mente livre”, escreveu. Ele afirmou sentir-se alvo de tratamento injusto: “Mais do que uma pena, sinto o peso de uma perseguição que tenta manchar a minha história e minha arte”.
Atualmente, o cantor permanece na Penitenciária Dr. Serrano Neves, em Bangu, Zona Oeste do Rio.
