Psicóloga analisa luto silencioso de Whindersson Nunes pela perda do filho

Após a perda do filho recém-nascido, o humorista Whindersson Nunes tem enfrentado o luto de maneira silenciosa e introspectiva, mantendo o foco em sua saúde emocional e bem-estar mental. A psicóloga Ana Vitória Mendes, especialista em psicologia do luto, destaca que esse tipo de posicionamento — mais reservado, sem demonstrações públicas intensas — pode indicar uma estratégia de enfrentamento saudável e autoconsciente.

Segundo Ana Vitória, o luto silencioso não significa ausência de dor. Pelo contrário, pode ser uma forma de resguardar a vulnerabilidade, evitando exposição excessiva e focando em apoio terapêutico próximo. A psicóloga reforça que a forma de reagir ao luto é profundamente individual e que, em muitos casos, a retração social temporária permite ao indivíduo cuidar de sua saúde mental antes de retomar atividades públicas ou profissionais.

Ela também alerta que manter equilíbrio emocional nesse momento é essencial, destacando sinais como dormir em excesso ou isolamento prolongado podem ser manifestações comuns, mas que exigem acompanhamento psicológico. Outro ponto importante apontado pela especialista é que o humor — humor negro inclusive — muitas vezes surge como uma válvula de escape emocional, abrindo espaço para expressar dor de forma simbólica.

Para pessoas públicas como Whindersson, somar terapia emocional ao suporte familiar torna-se fundamental. A psicóloga enfatiza que o luto continua mesmo quando não é expressado publicamente, e que espaços seguros para falar sobre tristeza, memórias ou até medo são essenciais para evitar luto prolongado ou complicações como depressão e ansiedade.

A postura reservada de Whindersson evidencia, ainda, respeito ao processo familiar e à privacidade, tanto sua quanto da mãe do bebê, Maria Lina, que optou por manter a dor em contexto mais íntimo. A psicóloga reconhece que, em alguns casos, afastar-se das redes sociais e dos holofotes pode ser uma estratégia legítima de autocuidado.