Exploração e abuso: Famosa cantora gospel é alvo de processo milionário
Márcia Piovesan

Bruna Karla voltou a movimentar os bastidores da música gospel ao apresentar sua defesa no processo movido pela gravadora MK Music. A empresa acusa a artista de descumprir cláusulas contratuais e exige uma indenização milionária, que pode ultrapassar R$ 2,5 milhões. Entre as alegações, a gravadora aponta o não cumprimento dos prazos de entrega de músicas e o abandono do contrato de forma considerada injustificada. As informações foram reveladas pela colunista Fábia Oliveira.
Entretanto, a cantora reagiu prontamente e rebateu todas as acusações. Em sua defesa, protocolada no final de julho, Bruna Karla assegurou que cumpriu rigorosamente todas as obrigações durante os 24 anos de parceria com a gravadora. Além disso, ela enfatizou que gravou dezenas de canções inéditas e três EPs, demonstrando dedicação exclusiva e contínua à MK Music.
Ao longo do documento, Bruna destacou que sempre manteve compromisso com sua carreira e lealdade à empresa, mesmo em situações adversas. Com isso, a artista deixou claro que não pretende aceitar as acusações de forma passiva e que está disposta a enfrentar a batalha judicial para defender sua trajetória.
Trabalho quase escravo
A artista também expôs uma série de críticas ao contrato, que classificou como desproporcional e abusivo. Segundo Bruna, a gravadora não prestava contas adequadas sobre os ganhos obtidos com seu trabalho e ainda a submetia a condições injustas. “Durante 24 anos exerci um trabalho quase escravo”, disse a cantora, que começou a carreira na empresa aos 11 anos de idade.
Bruna Karla ainda alegou que recebeu apenas uma pequena parte da receita gerada por seu sucesso e estimou que a MK Music tenha lucrado cerca de R$ 30 milhões explorando sua carreira. Revoltada, a cantora reforçou que sua relação com a gravadora foi marcada por desequilíbrio e falta de transparência. Agora, caberá à Justiça decidir os próximos passos dessa disputa milionária.
