A conexão inesperada entre ‘Lilo & Stitch’ e ‘Como Treinar o Seu Dragão’

Os filmes “Lilo & Stitch” e “Como Treinar o Seu Dragão ” podem parecer completamente diferentes quando analisadas as tramas de cada animação, afinal, enquanto um acompanha a amizade de uma garota havaiana e um alienígena azul procurado pela galáxia, o outro mostra um jovem viking quebrando a tradição da vila em que mora ao se aproximar de um dos dragões mais misteriosos do mundo, um Fúria da Noite, apelidado de Banguela.

Além das premissas, eles também se diferem pois o filme de 2002 traz uma história original, enquanto o de 2010 é uma adaptação da saga literária de Cressida Cowell , além de que o primeiro é um longa do estúdio centenário criado por Roy e Walt Disney, a Disney, e o segundo recebe o selo da empresa concorrente, a DreamWorks , fundada em 1994 por Steven Spielberg, Jeffrey Katzenberg e David Geffen.

No entanto, há alguns pontos em comum entre as histórias, afinal, ambos os títulos mostram crianças se unindo a seres que nunca existiram na realidade, e criando uma conexão capaz de alterar seus destinos, já que Lilo consegue não ir para um orfanato ao formar uma nova Ohana (família) com a chegada de Stitch, enquanto Soluço encontra o seu lugar no mundo após provar que dragões e humanos podem conviver em harmonia com a ajuda de Banguela.

Mais que isso, outros aspectos compartilhados são: as animações foram lançadas na década de 2010; tem na direção os mesmo nomes: Chris Sanders eDean DeBlois , e, é claro, receberam remakes live-action neste ano, os quais lançados em maio e junho, continuam em cartaz nos cinemas de todo o Brasil.

No entanto, há ainda uma conexão inesperada entre as animações que foi revelada com a chegada da versão realista de “Como Treinar o Seu Dragão”, a qual só os fãs mais detalhistas podem ter percebido.

Como assim?

Acontece que Dean DeBlois, que voltou para a direção da versão de 2025, contou ao Los Angeles Times que existem semelhanças físicas entre os pets de Lilo e Soluço, as quais podem ser notadas ao olhar para os rostos dos personagens.

“Ele é o nosso dragão mais reconhecível de toda a coleção”, começou dizendo o cineasta sobre Banguela. “Ele tem muita sensibilidade e personalidade que transparecem. E muito disso se expressa neste rosto que lembra bastante o do Stitch, com os olhos grandes, as placas auriculares e a boca larga.”

As características que fazem o alienígena azul ser adorado por décadas e permitiram inspirar o visual de Banguela, fazendo com que eles pareçam “primos distantes”, nas palavras de DeBlois, foi criado por Sanders, o qual também é o dublador do personagem. 

Vale mencionar que Banguela era diferente nos livros de Cowell, descrito como um dragão pequeno de cores verde e vermelho e, nos primeiros rascunhos para a animação, tinha referências reptilianas. Mas, quando DeBlois e Sanders assumiram a frente do projeto 15 meses antes do lançamento, o visual do personagem foi reformulado tendo como inspiração, além de Stitch, animais como salamandras e panteras-negras , chegando a versão conhecida pelo público que acompanha a trama nas telonas.

Com três filmes animados, três séries de TV e cinco curtas, “Como Treinar o Seu Dragão”, se tornou uma franquia ainda maior com o filme live-action lançado nos cinemas em 12 de junho, que conta com o retorno de DeBlois na direção e traz no elenco nomes como Mason Thames (Soluço), Nico Parker (Astrid), Gerard Butler (Stoico, o Imenso), Nick Frost (Bocão), Julian Denisson (Perna-de-Peixe), Bronwyn James (Cabeçaquente), Harry Trevaldwyn (Cabeçadura) e Gabriel Howell (Melequento).

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