O tema que a Pixar teria barrado de sua próxima animação
Recreio
Há mais de quatro décadas produzindo animações, a Pixar se tornou referência no mercado dos filmes animados ao abordar histórias que trazem temas complexos como a importância das emoções, vista na franquia “Divertida Mente”, a qual conta com dois filmes, lançados em 2015 e 2024, protagonizados por Riley em diferentes momentos da vida.
Dentre os destaques também é possível mencionar “Wall-E” (2008) que reflete sobre responsabilidade ambiental e preservação enquanto acompanha um robô compactador de lixo, bem como “Viva – A Vida é uma Festa”, de 2017, que traz tópicos referentes ao luto enquanto acompanha o jovem Miguel que sonha em se tornar músico, e “Soul” (2020), que traz lições sobre o propósito de viver ao mostrar o pós-vida de um professor de música.
Tais filmes trazem assuntos que fazem com que os espectadores mais velhos pensem mais a fundo sobre suas ações. No entanto, as animações também fazem sucesso entre o público mais jovem, já que os tópicos surgem de maneira sútil envoltos em tramas repleta de reviravoltas, personagens carismáticos e traços criativos que formam cenários repletos de cores, os quais cativam a cada frame.
Ainda que a Pixar já tenha lançado quase 30 filmes, o estúdio ainda tem uma extensa lista de questões que pode abordar seguindo a fórmula que agrada diferentes públicos, com exceção de um, já que há tema que a Pixar teria barrado de sua próxima animação, conforme apurado pelo portal The Hollywood Reporter.
O tema descartado pela Pixar
Segundo a reportagem publicada na última segunda-feira, 30, a Pixar estaria evitando abordar certos tópicos, dentre eles, o divórcio, o qual seria incluído em um filme em produção do estúdio que não teve o título revelado.
“Disseram ao diretor: ‘Você não pode ter divórcio neste filme’, o que é completamente insano”, afirmou uma fonte não identificada ao THR.
Com a repercussão da matéria, surgiram especulações online de que o longa poderia ser o não confirmado ‘Divertida Mente 3’, o qual poderia trazer Riley tentando equilibrar as emoções após o divórcio dos pais. Outro chute foi ‘Os Incríveis 3’, filme que terá direção de Peter Sohn, de “Elementos” (2023) e “O Bom Dinossauro” (2015), onde os fãs poderiam ver o Sr. Incrível e a Mulher-Elástico se separando.
Apesar disso, outra fonte, que também está por dentro do projeto, defendeu que o corte não traz grande significado, já que ações como essas fazem parte do processo de desenvolvimento inicial, e que não há nenhuma diretriz que faça com que o divórcio seja um tema proibido entre as produções da Pixar.
Mais assuntos barrados?
Na matéria, o THR ainda destaca que a Pixar tem evitado se aprofundar em temas mais complexos num geral, visto que em “Hoppers”, animação que tem previsão de estreia para 2026, eles optaram por suavizar temas de ambientalismo. Já “Elio”, longa em cartaz nos cinemas nacionais, teria descartado alguns detalhes sobre o protagonista, o qual teria sido codificado queer e teria paixão por ambientalismo e moda, traços que não chegaram à versão final.
A reportagem ainda ressalta que todas as decisões criativas barradas foram tomadas pela Pixar: “Muita gente gosta de culpar a Disney, mas a decisão vem de dentro de casa. Grande parte disso é um comportamento de obediência antecipada, vindo dos executivos mais altos da Pixar”, disse uma das fontes.
Nem a Pixar, nem a Disney, comentaram as alegações.
Mais sobre a Pixar
Empresa que, ao lado da Disney, criou o CAPS , o Sistema de Produção de Animação por Computador, a Pixar se tornou a primeira a lançar um longa-metragem animado completamente por meio de um computador com “Toy Story ” (1995), filme que acompanha as aventuras dos brinquedos de Andy, os quais ganham vida quando o dono não está por perto.
De lá para cá foram lançados outros títulos como “Vida de Inseto” (1998); “Monstros S.A.” (2001); “Procurando Nemo” (2003); “Carros” (2006); “Up: Altas Aventuras” (2009); “Valente” (2012); “Luca” (2021); “Red: Crescer é uma Fera” (2022) e o mais recente “Elio”, que acompanha um garoto solitário que é confundido com o embaixador intergaláctico da Terra.
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