Quais foram as primeiras princesas da Disney a ter suas avós nos filmes?

Ao longo das décadas, os filmes de princesas produzidos pela Disney foram marcados pela ausência de figuras familiares completas, assim sendo retratadas com pais rígidos, madrastas cruéis, madrinhas mágicas e companheiros animais, no entanto, até recentemente, as avós quase não figuravam nas histórias dessas protagonistas, sendo ausentes tanto em papéis centrais quanto coadjuvantes.

Esse padrão mudou em algumas animações lançadas nos últimos anos, quando duas princesas do estúdio foram desenvolvidas com forte influência e convivência direta com suas avós, que assumem papéis essenciais no desenvolvimento das protagonistas e na condução dos acontecimentos principais das histórias. Consideradas por muitos espectadores como personagens que despertam a jornada das protagonistas, essas avós são apresentadas como guardiãs da sabedoria, da tradição e da ancestralidade cultural de suas respectivas comunidades.

Quem são as princesas?

A primeira princesa da Disney a ter sua avó presente e com papel relevante na história é Mulan. Lançado em 1998, a princesa chinesa possui uma avó com papel definido na trama, a Vovó Fa. Responsável por alguns momentos de humor no filme, ela é retratada como uma mulher supersticiosa, espirituosa e de personalidade forte. No enredo, a progenitora oferece apoio à neta antes de Mulan se apresentar à casamenteira, e é a responsável por entregar-lhe um grilo da sorte, que acaba sendo o alívio cômico da história.

A segunda vovó importante no universo da Disney é apresentada em ‘Moana’. Lançado em 2016, o filme acompanha a filha do chefe de uma tribo na ilha de Motonui, na região da Polinésia, que é escolhida pelo oceano para devolver uma relíquia sagrada à deusa Te Fiti. A personagem inicia sua jornada após a morte de sua avó, Vovó Tala, que desde o início da trama estimula sua conexão com o mar e com os conhecimentos ancestrais da comunidade.

Vovó Tala é retratada como a principal responsável por preservar as tradições orais e culturais do povo Motonui, sendo conhecida como “a louca da aldeia”, e desempenhando papel de conselheira e mentora da neta. É a mais velha quem entrega o Coração de Te Fiti a Moana, e a incentiva a deixar a ilha para restaurar o equilíbrio natural. Pouco depois dessa revelação, Tala adoece repentinamente e morre, sendo sua partida simbolizada pelo apagamento da luz de sua cabana.

A morte da personagem, no entanto, não marca o fim de sua presença na narrativa, já que seu espírito reaparece como uma arraia luminosa e passa a acompanhar a princesa durante a travessia no oceano, funcionando como guia simbólica e conexão espiritual com as raízes culturais da protagonista.

Vale lembrar que “Mulan” e “Moana” estão disponíveis no Disney+.

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