China faz história ao sediar primeiro campeonato de futebol de robôs
Aventuras Na História
No último sábado, em Pequim, um campo de futebol foi tomado por quatro equipes de robôs humanoides, que disputaram partidas de três contra três movidas a inteligência artificial. O torneio revelou tanto o potencial quanto as limitações dos autômatos no esporte mais popular do mundo.
Apesar das comparações frequentes entre futebol moderno e “jogo robótico” pela obsessão tática, as imagens vindas da China provaram que a IA ainda está longe de substituir craques como Lionel Messi.
Futebol mecânico
Os robôs tiveram dificuldades para chutar a bola, se equilibrar e permanecer em pé, protagonizando quedas cômicas que renderiam cartões amarelos por simulação se fossem jogadores humanos. Em pelo menos duas ocasiões, robôs precisaram ser retirados de maca após não conseguirem se levantar.
Cheng Hao, fundador e CEO da Booster Robotics — empresa responsável pelos robôs jogadores —, afirmou que competições esportivas são um excelente campo de testes para humanoides e que, no futuro, humanos poderão disputar partidas lado a lado com eles.
Precisamos garantir que os robôs sejam completamente seguros para interagir com pessoas”, destacou Cheng em fala repercutida pelo The Guardian.
As equipes participantes adaptaram os robôs com seus próprios algoritmos de movimento e decisão. Na grande final, a equipe THU Robotics, da Universidade Tsinghua, superou a Mountain Sea, da Universidade Agrícola da China, por 5 a 3, ficando com o título do campeonato.
Entre a torcida, houve entusiasmo e elogios. “Eles [THU] se saíram muito bem”, comentou um torcedor da Tsinghua. “Mas a Mountain Sea também surpreendeu, mostraram muita evolução”, repercute o jornal britânico.
