Marcos Braz fala sobre grama do Maracanã, e admite: "Não suporta"

A entrevista coletiva concedida pelo vice-presidente de futebol do Flamengo, Marcos Braz, tratou de diversos assuntos polêmicos, entre eles, o gramado do Maracanã. Ao ser perguntado sobre o motivo de sempre estar em más condições, o dirigente contou ser impossível ser bom com a quantidade de jogos que acontecem no estádio, e ainda mostrou sua opinião sobre a grama sintética.

"O gramado do Flamengo nunca será bom. Em nenhum lugar do mundo esse número de jogos suporta. Nosso problema é a quantidade de jogos. Você joga com chuva, joga com temporada, você joga muito seco, joga no verão, joga no inverno. O número de jogos é o grande causador do estado do gramado. Pode haver alguns ajustes ou cuidados para melhorar? Pode. Deve até acontecer, só que tecnicamente 90 jogos... Já temos quase 40 jogos em julho. Como resolver isso? Se botar menos jogos lá, vai melhorar o gramado. Aí você tem uma escolha difícil para o departamento de futebol. Vamos jogar fora? Vamos prescindir do Maracanã?", pontuou Braz.

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Depois disso, o cartola ainda fez questão de expressar sua opinião contrária à utilização de gramados sintéticos. Segundo ele, não são bons para a saúde, e recuperação dos atletas pós jogo, além de também ter chamado a prática de um "outro esporte". Braz ainda pediu para que coloquem um freio "nisso" (a prática de colocar grama sintética em estádios do país).

"A gente tenta levar ao limite para jogar no Maracanã e acontece de jogar com gramado adverso. Entendo as posições dos jogadores e questionamentos, mas o problema é matemático. Não aguenta jogar 70 ou 80 jogos lá. Nem lá e nem em qualquer lugar do mundo. Ou então faz igual estão fazendo em outros clubes brasileiros. Já tem quatro ou cinco times jogando com gramado sintético. Se não botar um freio nisso, daqui a pouco estaremos com sete ou oito lugares com gramado sintético. Vai ser lindo. Gramado não suporta 90 jogos. Alguém tem que ser penalizado. Aí acontece com atletas do Flamengo, do Fluminense, e os nossos adversários também reclamam. Já vi jogadores de outros times reclamarem com razão. Problema sistemático. Não é um problema para o departamento de futebol resolver, não está no meu guarda-chuva e no do Bruno Spindel", completou.

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No fim, o diretor de futebol, Bruno Spindel, ainda demonstrou a mesma opinião do companheiro, colocando países europeus como exemplo: "A gente é terminantemente contra os gramados sintéticos. Se olhar nas grandes ligas do futebol europeu, o sintético não é permitido", opinou o dirigente flamenguista.

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