Newton Drummond fala das negociações de reforços no Santos

Newton Drummond, foi demitido do Santos nesta quinta-feira, 18, sob acusações de envolvimento de seu filho em uma de suas negociações. Em entrevista ao "Globo Esporte", o agora ex-dirigente santista, falou sobre as negociações que aconteceram em seus 36 dias no cargo. Assuntos das contratações de Luan, Carbajal e Soteldo foram abordados.

Chumbinho, como é conhecido, falou primeiramente de Luan: "Ele (Rueda) encontrou o Duílio (presidente do Corinthians) na reunião da Libra, e o Duílio ofereceu o Luan. Ele veio e passou o que tinha ocorrido. Falei com a comissão técnica e foi dito que o Luan servia. Esse é um assunto que ele vai tratar direto. O papel do executivo é dizer se serve ou não serve. A negociação foi assunto direto de presidente para presidente". 

Após isso, passou aos outros dois contratados, afirmando que o nome do meio-campista argentino, ex-Argentinos Juniors, foi sua ideia, mas logo passou ao presidente as negociações por acompanhar o time em suas viagens aos jogos. Newton afirmou que seu papel era somente passar nomes, para que Rueda cuidasse de todo o resto.

"O Carabajal quem começou fui eu. Mas eu viajo com o time, acompanho a delegação e a janela estava para fechar. Houve entrada nas negociações de valores. Ela veio nos conformes da negociação, e o presidente acertou direto com o presidente do Argentinos Juniors", comentou o antigo dirigente do Peixe.

Enfim, sobre Soteldo, falou da situação do jogador no México e, mais uma vez, falou que quase não participou das conversas: "O Soteldo estava indisposto no Tigres. Alguém do Tigres ou algum representante do jogador ligou diretamente ao Rueda. Ele veio perguntar o que achamos. Falei que o Soteldo dispensa comentários. E ele foi tratar do assunto. Foram negociações que entraram direto por ele".

No fim das perguntas, Chumbinho afirmou que não sabe se continuará no futebol e que o mundo do futebol está "triste" e "difícil". Além disso, comentou da chegada do técnico Lisca, da qual afirma ter tido uma participação maior, mas não foi contado pelo presidente no momento de sua demissão.