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Tati Weston-Webb analisa início de temporada: 'Ainda mais motivada'
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Tati Weston-Webb analisa início de temporada: 'Ainda mais motivada'

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Sportbuzz
07/03/2025 18h52
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A temporada 2025 da Liga Mundial de Surfe (WSL) começou com a tradicional etapa de Pipeline, no Havaí, e a brasileira Tati Weston-Webb fez sua estreia em busca de mais um ano competitivo entre as melhores do mundo. Em entrevista exclusiva ao SportBuzz, a surfista analisou sua performance na primeira competição do ano, comentou sobre o crescimento do surfe feminino e relembrou sua histórica participação nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 , que teve a disputa realizada nas desafiadoras ondas de Teahupo’o, no Taiti.

A surfista, vencedora do prêmio Rookie of the Year da WSL em 2015, iniciou a trajetória deste ano sendo superada nas oitavas de final do Havaí, eliminada pela americana Lakey Peterson. Em Abu Dhabi, no segundo ano com uma piscina de ondas artificiais no circuito mundial, Tati também ficou pelo caminho na repescagem. Com notas de 6,47 e 6,27, a atual campeão pan-americana ficou muito perto de alcançar a nota de corte, que era de 6,70. Confira abaixo as respostas na íntegra da brasileira.

Pipeline e lições para a temporada

Pipe é sempre um grande desafio, e começar a temporada lá é uma mistura de empolgação e aprendizado. Minha performance teve pontos positivos, mas sempre há espaço para evolução. Sinto que consegui me adaptar bem às condições e competir com consistência, mas Pipe exige muito, tanto tecnicamente quanto mentalmente. Uma das grandes lições dessa etapa foi a importância da paciência e da escolha de ondas. Estou ainda mais motivada para os próximos desafios, focada em continuar crescendo e buscando os melhores resultados.”

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TATI E LUANA ELIMINADAS EM PIPE! 🏄‍♀️❌

As duas brasileiras da chave feminina da etapa de Pipeline do Circuito Mundial de Surfe acabaram sendo eliminadas nas oitavas de final.

Tatiana Weston-Webb, vice-campeã olímpica, perdeu a bateria para a norte-americana Lakey Peterson com… pic.twitter.com/j8hZ48Mz0U

— Piu Esportes (@piuesportes) February 6, 2025

A evolução do surfe feminino e os desafios para maior equidade

O crescimento da categoria feminina no surfe é uma das grandes transformações do esporte nos últimos anos, e Tati destaca os avanços e as mudanças necessárias para garantir um cenário ainda mais igualitário.

O surfe feminino evoluiu muito, tanto em visibilidade quanto em oportunidades. Ver mais meninas se inspirando e se profissionalizando mostra o impacto positivo dessas mudanças. Mas ainda há passos importantes para uma maior equidade no esporte. A principal seria o investimento em categorias de base femininas, para que novas gerações tenham suporte desde cedo. Quanto mais mulheres conquistarem posições de destaque, mais o esporte vai crescer de forma igualitária.”

Influência havaiana em Tati Weston-Webb e a conexão com o Brasil

Competindo pelo Brasil, mas com forte influência havaiana, onde morou praticamente desde que nasceu, Tati destaca como essa mistura impacta sua performance nas competições.

O Havaí teve um impacto enorme na minha formação como surfista. Cresci surfando ondas poderosas, o que moldou meu estilo, minha leitura de mar e minha mentalidade competitiva. Ao mesmo tempo, competir pelo Brasil é algo muito especial. A energia da torcida brasileira e o apoio que recebo me motivam demais. Tento trazer o melhor dos dois mundos: a base sólida da experiência no Havaí, com a garra e a paixão do Brasil pelo surfe.”

Treinamento físico e mental para a alta performance

Com o surfe exigindo preparo completo, Tati detalhou sua rotina de treinos e como trabalha o lado mental.

O surfe de alto nível exige equilíbrio entre preparo físico, técnico e mental. Minha rotina envolve muito tempo na água, mas também treino fora do mar. Faço treinos de resistência, força e mobilidade para manter meu corpo pronto para qualquer desafio. Além disso, o lado psicológico é tão importante quanto o físico. Lidamos com muitos fatores incontroláveis, então é essencial ter uma mentalidade forte. Trabalho muito com técnicas de respiração para manter o foco e a calma e também faço terapia para fortalecer meu psicológico.”

Surfe em piscinas de ondas e o futuro do esporte

Em 2024, a WSL introduziu uma etapa na piscina de ondas de Abu Dhabi, um ambiente de surfe mais controlado. Para Tati Weston-Webb, a tecnologia traz vantagens técnicas, mas não substitui o oceano.

“Surfar em uma piscina de ondas como a de Abu Dhabi é uma experiência completamente diferente do mar aberto. O principal fator é a previsibilidade, você sabe exatamente como a onda vai quebrar, o que permite treinar manobras específicas com mais repetição e precisão. Isso é incrível para a evolução técnica. Mas no mar, cada onda é única, a leitura e a adaptação são essenciais. Acho que esses ambientes se complementam bem.”

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Repescagem finalizada assim:

1ª Sawyer Lindblad – 7.00
2ª Vahine Fierro – 6.70

Tati Weston-Webb (6.47) e Luana Silva (5.17) se despedem da etapa de Abu Dhabi.

— WSL Brasil 🇧🇷 (@WSLBrasil) February 15, 2025

Medalha olímpica e o desafio de Teahupo’o

Nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, Tati fez história ao subir ao pódio em Teahupo’o, uma das ondas mais desafiadoras do mundo.

“Foi um dos momentos mais emocionantes da minha carreira! Representar o Brasil nesse nível, em um evento tão grandioso, é algo que vou levar para sempre. O surfe nas Olimpíadas tem uma energia especial. Essa medalha é resultado de muito trabalho e dedicação, o que me motiva ainda mais a continuar evoluindo e buscando novos desafios.”

Sobre competir em Teahupo’o, a surfista destacou as dificuldades da prova.

Teahupo’o é uma das ondas mais desafiadoras do mundo, com bancada rasa e tubos pesados. Cada bateria exigiu muita técnica, coragem e estratégia. Já tinha experiência competindo lá, mas em um evento como esse, com tanta pressão e significado, a sensação foi diferente. Acho que o maior desafio foi lidar com as condições mutáveis do mar e a exigência mental. Manter a calma e confiar no meu surfe foi essencial.”


 

Leia a matéria original aqui.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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