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Adolescência vai até os 32 anos, diz estudo
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Adolescência vai até os 32 anos, diz estudo

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Anamaria
26/11/2025 19h00
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A ciência avançou tanto nas últimas décadas que, hoje, conseguimos acompanhar como o cérebro se transforma em cada etapa da vida. Recentemente, pesquisadores da Universidade de Cambridge analisaram mais de quatro mil exames cerebrais, de pessoas entre 0 e 90 anos, e identificaram cinco grandes fases da vida que influenciam nossa memória, emoções e até o risco de desenvolver transtornos mentais. 

Ao observarem essas mudanças, eles perceberam que o cérebro não amadurece de forma contínua; pelo contrário, evolui em ciclos que apresentam pontos de virada bem definidos.

O estudo abre novas portas para entendermos por que alguns desafios — como ansiedade, esquecimento ou dificuldade de foco — aparecem com mais força em determinadas idades. Por isso, compreender a lógica dessas transformações nos ajuda a olhar para o próprio desenvolvimento com mais acolhimento e menos pressão.

Até que idade vai a adolescência? 

Uma das descobertas mais impressionantes diz respeito ao período que chamamos de adolescência. Segundo a pesquisadora Alexa Mousley, nessa fase o cérebro passa por um ganho intenso de eficiência ao longo dessa fase, fortalecendo e desligando conexões conforme aprendemos, erramos, amadurecemos e vivemos novas experiências. 

Ou seja, é normal que emoções fiquem mais intensas e que decisões importantes pareçam mais desafiadoras nesse período, já que o cérebro está construindo rotas mais rápidas e organizadas para funcionar melhor.

Esse achado também ajuda a explicar por que tantos transtornos mentais aparecem justamente antes dos 30. Como as redes neurais se reorganizam de maneira acelerada, qualquer desequilíbrio pode influenciar humor, comportamento e até a forma como respondemos ao estresse.

O que acontece depois? A longa fase adulta

Após o auge da eficiência cerebral, que marca o encerramento da adolescência, inicia-se a vida adulta propriamente dita. Essa etapa, que os pesquisadores situam entre os 32 e os 66 anos, é a mais estável de todas. A velocidade das mudanças diminui, embora o cérebro continue se ajustando conforme vivemos novas experiências.

Inclusive, muitos estudos apontam que esse período acompanha um equilíbrio emocional maior, o que se alinha à ideia de que a maturidade traz estabilidade interna — algo que muitas de nós reconhecemos. Ainda assim, vale lembrar que o cérebro continua treinável: aprender algo novo, ler com frequência ou manter hábitos saudáveis fortalece conexões e protege a memória no futuro.

Envelhecimento e novas reorganizações cerebrais

A partir dos 66 anos, começa o chamado envelhecimento inicial, quando o cérebro deixa de operar como uma rede totalmente integrada e passa a funcionar de modo mais regionalizado. Embora essa mudança seja natural, ela também coincide com a fase em que podem surgir sinais de demência e alterações de saúde relacionadas ao envelhecimento.

Já depois dos 83 anos inicia-se a fase final, ainda pouco estudada por conta da escassez de cérebros saudáveis disponíveis para escaneamento. Mesmo assim, os pesquisadores observam que essas reorganizações continuam, só que de maneira mais acentuada.

adolescência
Cientistas revelam novos marcos das fases da vida e mostram que a adolescência termina muito mais tarde do que imaginávamos  – Crédito: FreePik

A revelação que mais chamou atenção dos cientistas

Embora o estudo traga diversos insights valiosos, um deles ganhou destaque na comunidade científica: a pesquisa confirma, de forma inédita, que o cérebro permanece em estado adolescente dos 9 aos 32 anos. Essa conclusão só foi possível graças ao volume de exames analisados e reforça mudanças sociais já percebidas, como a parentalidade tardia e a busca por estabilidade emocional por volta dos 30.

Resumo: O estudo da Universidade de Cambridge identificou cinco grandes fases da vida e mostrou que o cérebro amadurece em ciclos. A pesquisa também revelou até que idade vai a adolescência, estendendo-a até os 32 anos. As descobertas ajudam a entender comportamentos, emoções e riscos de saúde mental em cada etapa da vida.

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Crescimento dos filhos: um jogo de múltiplas fases para a mãe

Leia a matéria original aqui.

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