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Mitos e verdades sobre a amamentação
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Mitos e verdades sobre a amamentação

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Anamaria
03/08/2025 13h00
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Essa é uma das dúvidas mais comuns entre mães de primeira viagem, e já vamos esclarecer: não, o tamanho da mama não define a produção de leite. Segundo a enfermeira obstetra e consultora internacional de lactação Cinthia Calsinski, o que realmente influencia são as glândulas mamárias e a frequência da amamentação. Ou seja, se você tem seios pequenos, não precisa se preocupar — eles são tão capazes quanto mamas maiores.

Além disso, é importante lembrar que a produção de leite se ajusta conforme a demanda. Quanto mais o bebê mama, mais leite é produzido. Por isso, manter o aleitamento frequente é essencial para garantir a nutrição do bebê e a continuidade da amamentação.

Beber bastante água ajuda na produção de leite?

É verdade que se manter hidratada é fundamental para a saúde, mas ingerir grandes volumes de água não aumenta automaticamente a produção de leite. De acordo com a especialista, o estímulo principal vem da sucção do bebê: “O corpo entende que precisa produzir mais quando o bebê mama com frequência e eficácia.”

Portanto, mantenha uma hidratação equilibrada e foque em estabelecer uma rotina de amamentação confortável e contínua. E, claro, evite mitos que gerem culpa ou ansiedade — o seu bem-estar também influencia positivamente esse processo.

Amamentar deitada causa dor de ouvido no bebê?

Essa afirmação é um mito muito comum, mas sem fundamento. Amamentar deitada pode, na verdade, ser uma excelente alternativa para as mães que estão cansadas ou querem descansar um pouco durante a noite. Cinthia explica que, nessa posição, é o corpo da mãe que muda, não o do bebê. “Ele continua mamando da mesma forma, e a posição pode ser bastante confortável para ambos”, afirma.

Ou seja, se for seguro e confortável para você e seu bebê, está tudo bem amamentar deitada. O importante é manter a pega correta e observar sinais de que o bebê está se alimentando bem.

Mitos e verdades sobre amamentação
Entenda o que é mito e o que é verdade sobre a amamentação e fortaleça sua jornada – Crédito: FreePik

Como saber se a pega está correta?

Muitas mães acreditam que o bebê deve fazer “boca de peixinho” para garantir a pega ideal. No entanto, essa ideia está ultrapassada. A consultora de lactação esclarece que o mais importante é que a pega seja funcional, ou seja, que o bebê consiga extrair leite de forma eficiente e confortável para a mãe.

Ela detalha: “A pega deve ser assimétrica, com o bebê abocanhando mais a parte inferior da aréola do que a superior. O queixo deve encostar na mama e o nariz ficar livre.” Isso evita fissuras e dores, além de garantir uma amamentação eficiente e prazerosa.

Quem tem mamilos invertidos pode ter dificuldades na amamentação?

Sim, pode haver um pouco mais de desafio no início, mas a boa notícia é que isso não impede a amamentação. A forma dos mamilos — invertidos, planos ou curtos — não é tão determinante quanto a flexibilidade da aréola.

“Com a orientação adequada, é possível adaptar a pega e seguir com sucesso”, explica Cinthia. Por isso, procurar apoio profissional nos primeiros dias após o parto pode fazer toda a diferença e prevenir frustrações desnecessárias.

O estresse pode afetar a amamentação?

Esse é um ponto importante e que precisa de atenção: sim, o estresse pode atrapalhar a produção de leite. Emoções como ansiedade, insegurança e tristeza influenciam a chamada “descida do leite”, além de dificultarem a continuidade da amamentação.

No entanto, a especialista destaca também o outro lado: “Amamentar pode ser um momento poderoso de conexão, que ajuda a proteger a saúde mental da mãe.” Portanto, sempre que possível, crie um ambiente calmo e acolhedor para esse momento especial.

Comer certos alimentos dá cólica no bebê?

Mais um mito que gera insegurança entre as mães! De modo geral, os alimentos consumidos pela mãe não causam cólica no bebê. Cinthia ressalta que não há evidências científicas que comprovem essa relação direta.

O que deve ser observado, no entanto, é a possibilidade de alergia à proteína do leite de vaca (APLV), uma condição específica que exige diagnóstico médico. Fora isso, não há motivo para grandes restrições alimentares. Equilíbrio e variedade na alimentação da mãe são, sim, aliados da amamentação.

Resumo: A amamentação é um momento único, mas repleto de mitos que podem atrapalhar esse processo tão importante. Saber o que é verdade ajuda a fortalecer o vínculo entre mãe e bebê, reduz a insegurança e promove uma amamentação mais tranquila e eficiente. Para qualquer dificuldade, o apoio de profissionais especializados é fundamental.

Leia a matéria original aqui.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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