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O que ninguém te conta sobre o puerpério: 5 sinais de alerta e como pedir ajuda
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O que ninguém te conta sobre o puerpério: 5 sinais de alerta e como pedir ajuda

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Anamaria
04/11/2025 19h30
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Quando o bebê nasce, muita gente espera viver um amor imediato e pleno. Mas, na prática, o puerpério — o período que vai do nascimento do bebê até a primeira menstruação após o parto — pode trazer uma montanha-russa de emoções. Irritação, exaustão e até sensação de solidão são comuns, embora pouco comentadas.

“O puerpério envolve não apenas a chegada do bebê, mas também uma desconstrução da mulher que existia antes da maternidade. É um período de transição que pode ser acompanhado por sentimentos de perda e readequação, e isso precisa ser acolhido sem julgamentos”, afirma Natália Aguilar, psicóloga perinatal.

Essa fase, marcada por intensas transformações hormonais e emocionais, pode fazer com que até tarefas simples, como tomar banho ou comer com calma, pareçam impossíveis.

Entenda o que está acontecendo no seu corpo e na sua mente

Durante o puerpério, o corpo da mulher passa por grandes mudanças: os hormônios despencam, o útero se contrai e o corpo busca se recuperar da gestação e do parto. Tudo isso enquanto a mulher se adapta ao novo papel de mãe.

Não é raro que surjam emoções contraditórias — amor e irritação, alegria e cansaço, culpa e desejo de ficar sozinha. Por isso, identificar os sinais de alerta é fundamental para cuidar da saúde física e mental nesse momento. 

1. Irritação constante e impaciência

Se pequenos incômodos do dia a dia estão tirando você do sério, é hora de observar. Mudanças hormonais e privação de sono são causas comuns, mas quando a irritação se torna frequente ou intensa, pode indicar sobrecarga emocional. Aceitar ajuda e dividir tarefas é essencial — o isolamento agrava o estresse.

2. Sensação de solidão, mesmo com companhia

É comum que a mãe se sinta sozinha, mesmo rodeada de pessoas. O afastamento social e a nova rotina podem gerar a sensação de que ninguém entende o que você está vivendo. Participar de grupos de apoio pós-parto e conversar com outras mães ajuda a normalizar esses sentimentos e criar vínculos de acolhimento.

passar pelo pós-parto
Irritação, solidão e culpa: sentimentos que muitas mulheres enfrentam no pós-parto, mas raramente falam sobre eles – Crédito: FreePik

3. Culpa por não sentir amor imediato pelo bebê

O amor materno não é, necessariamente, instantâneo. Ele se constrói no convívio, no toque e na rotina. Sentir estranhamento ou medo de não “amar o suficiente” é mais comum do que parece. Se a culpa for constante ou causar sofrimento, é importante conversar com um profissional de saúde mental.

4. Dificuldade em pedir ou aceitar ajuda

Muitas mães acreditam que precisam dar conta de tudo sozinhas — o bebê, a casa, o relacionamento. Mas isso é um mito perigoso. Aceitar ajuda pode salvar o dia e até a sanidade da mãe. Por isso, criar uma rede de apoio confiável e ativa ainda durante a gestação é um gesto de autocuidado.

5. Tristeza persistente ou apatia

É normal sentir oscilações de humor nas primeiras semanas após o parto, o que chamamos de “baby blues”. Mas, se a tristeza durar mais de 15 dias, vier acompanhada de falta de prazer, insônia ou desânimo, pode ser sinal de depressão pós-parto. O quadro atinge cerca de 20% das mulheres — e requer acompanhamento profissional.

Como passar pelo puerpério com mais leveza

  • Durma sempre que possível: cochilos curtos ao longo do dia ajudam a regular o humor.
  • Aceite ajuda prática: refeições prontas, companhia no banho do bebê e tarefas domésticas divididas fazem diferença.
  • Cuide da mente: fale sobre o que sente, sem culpa. Terapia e grupos de mães podem ser grandes aliados.
  • Evite comparações: cada maternidade tem seu tempo e seus desafios.
  • Busque apoio profissional: se os sintomas persistirem, procure seu obstetra ou um psicólogo.

Resumo: O puerpério é intenso, mas passageiro. Entender os sinais do corpo e da mente, aceitar ajuda e cuidar da própria saúde emocional são passos essenciais para passar pelo pós-parto com mais serenidade. Com informação e apoio, é possível viver essa fase com menos culpa — e mais acolhimento.

Leia também: 

Como identificar a depressão pós parto

Leia a matéria original aqui.

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