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Procedimento cirurgico para mudar a cor dos olhos é proibido no Brasil
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Procedimento cirurgico para mudar a cor dos olhos é proibido no Brasil

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Anamaria
28/06/2025 16h00
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© Instagram Andressa Urach
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Mudar a cor dos olhos com cirurgia estética pode parecer uma alternativa tentadora, mas está longe de ser simples – e muito menos segura. O tema voltou à tona depois que influenciadoras como Maya Massafera e Andressa Urach compartilharam nas redes sociais o resultado da ceratopigmentação, procedimento que consiste na aplicação de pigmentos diretamente na córnea para alterar a tonalidade dos olhos. Apesar do apelo estético, a prática é proibida no Brasil para pessoas com visão normal e levanta preocupações sérias sobre complicações médicas.

O que é ceratopigmentação?

A ceratopigmentação é uma técnica cirúrgica que insere pigmento na córnea para modificar a aparência dos olhos. Pode ser feita por razões estéticas ou funcionais, como em casos de baixa visão causada por lesões ou cicatrizes na córnea. Nesses casos, o procedimento ajuda a devolver a simetria e a aparência natural dos olhos comprometidos.

No entanto, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia proíbe a prática com fins exclusivamente estéticos em pacientes que enxergam. “É um procedimento com resultados excelentes para pessoas que perderam a visão e têm cicatrizes na córnea, pois é possível com a pigmentação melhorar a aparência dos olhos, fazendo-os parecer normais”, explica o oftalmologista Dr. Hallim Feres Neto, diretor da Prisma Visão.

Riscos da cirurgia e relatos de arrependimento

Embora o resultado visual possa ser impactante, os riscos da cirurgia são altos. As principais complicações relatadas por médicos incluem dor intensa, infecções, inflamação, sensibilidade à luz, visão turva e até perda total da visão.

A influenciadora Andressa Urach, que realizou a cirurgia na França para deixar os olhos esverdeados, desabafou sobre o sofrimento após o procedimento. “Estou no aeroporto esperando o voo e meus olhos estão doendo bastante, muito! Chegando no Brasil vou ter que ir ao médico, porque está doendo muito. Já estou praticamente arrependida de ter feito, porque a dor não tem igual”, disse em vídeo postado no Instagram.

Na legenda, reforçou: “Já tô arrependida! Chegando no Brasil preciso ir urgente ao médico. Está doendo muito. Orem por mim!”.

Quanto custa mudar a cor dos olhos?

O valor da ceratopigmentação gira em torno de US$ 10 mil, o que equivale a cerca de R$ 55 mil, segundo o Dr. Hallim. A cirurgia pode ser feita com laser de femtosegundo, que cria um túnel na córnea para aplicar a tinta. Embora o desconforto inicial possa parecer leve, os efeitos colaterais a longo prazo ainda são pouco conhecidos e motivo de alerta entre especialistas.

Por que o Brasil proíbe esse tipo de procedimento?

A legislação brasileira é clara: não é permitido realizar ceratopigmentação com fins estéticos em pessoas que enxergam normalmente. O motivo é simples: a córnea é uma estrutura extremamente sensível, e qualquer intervenção nesse local pode comprometer permanentemente a visão. O procedimento só é autorizado em casos de cegueira ou baixa visão irreversível – e mesmo assim, com justificativa médica.

Cuidados ao considerar cirurgias oculares

A busca por um olhar diferente pode parecer inofensiva, mas procedimentos não regulamentados ou realizados em outros países sem o devido acompanhamento colocam a saúde ocular em risco. Antes de qualquer intervenção nos olhos, é essencial consultar um oftalmologista e considerar os riscos envolvidos.

A recomendação dos especialistas é clara: para quem deseja mudar o visual, há alternativas menos invasivas, como lentes de contato coloridas aprovadas pela Anvisa – muito mais seguras e sem efeitos permanentes.

Resumo:

O procedimento cirúrgico para mudar a cor dos olhos, conhecido como ceratopigmentação, está proibido no Brasil para fins estéticos em pessoas com visão normal. Apesar da popularidade entre celebridades, especialistas alertam para riscos como dor intensa, infecção e até perda da visão. A prática é autorizada apenas em casos de baixa visão irreversível.

 

Leia a matéria original aqui.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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