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Sepse: um dos maiores desafios da saúde e pode levar à morte
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Sepse: um dos maiores desafios da saúde e pode levar à morte

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Anamaria
30/09/2025 14h38
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Olá, pessoal! Na coluna deste mês, vamos falar sobre a sepse, condição grave e pouco conhecida pela população, mas que representa um dos maiores desafios da saúde no Brasil e no mundo. Trata-se de uma complicação grave decorrente de infecções, que pode levar à morte se não for reconhecida e tratada a tempo.

Todos nós, em algum momento da vida, já tivemos uma infecção – seja respiratória, intestinal, urinária ou de pele. As infecções são caracterizadas pela invasão e crescimento de um microrganismo (bactérias, vírus, fungos ou parasitas), podendo gerar sintomas clínicos. Normalmente, essas situações são controladas após o diagnóstico e tratamento adequados ou até mesmo espontaneamente, dependendo do tipo e intensidade.

Entretanto, a sepse acontece quando a resposta a uma infecção é desregulada e intensa. O sistema imunológico, quando ativado para combater o microrganismo infectante, agride os próprios tecidos, causando disfunções orgânicas que prejudicam o funcionamento de órgãos como rins, pulmões e fígado. Isso ocorre devido à migração de leucócitos ativados (células de defesa) que liberam proteínas inflamatórias (citocinas) como IL-1β, IL-6, IL-8, TNF e IFN, ativando o sistema do complemento e da coagulação, caracterizando uma resposta inflamatória sistêmica.

Nesse processo há elevação local do óxido nítrico, uma substância vasodilatadora e responsável por gerar alterações vasculares que prejudicam a oxigenação dos tecidos e causam lesão celular direta tanto pela liberação das citocinas, quanto na indução da morte das células (apoptose). 

O tratamento da sepse deve ser realizado em ambiente hospitalar e de forma oportuna, objetivando a estabilização do quadro clínico, considerando de forma individual o contexto e as necessidades de cada paciente. Segundo as diretrizes do Instituto Latino-Americano de Sepse (ILAS), preconiza-se a administração rápida de antibióticos, a infusão intravenosa de soluções como soro fisiológico para repor fluídos, além da realização de exames para predizer gravidade e identificar o foco e agente causador. Em alguns casos, o controle da infecção deve ser feito com cirurgias ou drenagem de abscessos.

No Brasil, a sepse tem alta incidência e mortalidade. O desconhecimento da população sobre a doença, a falta de infraestrutura em alguns locais, o despreparo dos profissionais de saúde e a carência de saneamento básico contribuem para esse fato. 

 O diagnóstico e tratamento precoces salvam vidas. Portanto, estejam atentos aos sinais de alerta na vigência de infecção e quando é necessário procurar atendimento de urgência.

 

Sinais de alerta:

– Pressão baixa – Pressão Sistólica <100mmHg;

– Febre alta ou temperatura muito baixa;

– Taquicardia – batimentos cardíacos > 100 por minuto;

– Alterações respiratórias(baixa saturação ou aumento da frequência respiratória);

– Pele fria, pálida ou arroxeada;

– Confusão mental ou sonolência;

– Pouco volume de urina (oligúria).

 

Como se prevenir:

– Evite infecções, lave as mãos regularmente e mantenha cuidados dehigiene;

– Mantenha a vacinação em dia e previna-se;

– Trate corretamente as infecções, tome os medicamentos de forma adequada;

– Não contribua para a resistência bacteriana: use antibióticos apenas quando necessário e com indicação médica;

– Reconheça os sinais de gravidade e procure atendimento médico.

 

Cuidem-se e até a próxima!

 

Leia a matéria original aqui.

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