5 coisas que você não fazia ideia que afetam o seu coração

Bons Fluidos








No mês de agosto, é celebrado o Dia do Cardiologista. A data ressalta a importância dos cuidados com a saúde cardiovascular, por meio de campanhas de conscientização. Quando falamos sobre o assunto, alguns fatores de risco são comumente conhecidos – como o consumo de sal, sedentarismo, sobrepeso, entre outros. No entanto, existem outros fatores que muitos sequer imaginam seus efeitos. É o que destaca o cardiologista e Médico do Exercício e do Esporte, Dr. Rafael Marchetti.
“O coração é um órgão sensível ao estilo de vida como um todo, e muitos fatores aparentemente inofensivos ou ignorados estão ligados a alterações sérias no sistema cardiovascular”, explica o especialista. “Muitas vezes ignoramos alguns aspectos, mas eles podem aumentar o risco de doenças cardíacas. Reconhecer e ajustar esses pontos é essencial para manter o coração saudável”.
5 fatores que afetam a saúde do coração
1. Sono de má qualidade
Problemas como apneia do sono e insônia crônica estão associados ao aumento da pressão arterial, à inflamação sistêmica e ao risco de infarto. Mesmo o simples ronco, quando frequente e intenso, pode sinalizar apneia obstrutiva do sono, uma condição que sobrecarrega o coração durante a noite.
“Pessoas com apneia têm pausas respiratórias que provocam microdespertares constantes e flutuações de oxigênio no sangue. Isso ativa mecanismos de estresse que, ao longo do tempo, danificam o sistema cardiovascular”, destaca o médico.
2. Solidão
A falta de conexões sociais afeta mais do que o bem-estar emocional, isso porque a solidão contribui para o aumento de hormônios do estresse, como o cortisol, e está ligado a hábitos pouco saudáveis. “A saúde mental e a saúde do coração caminham juntas, pessoas solitárias tendem a dormir mal, comer mal, se movimentar menos e até negligenciar sintomas. O impacto é direto”, explica o cardiologista.
3. Inflamações e doenças autoimunes
Doenças inflamatórias crônicas, como artrite reumatoide, lúpus ou psoríase, aumentam o risco de eventos cardiovasculares. Isso acontece porque o processo inflamatório contínuo pode danificar vasos sanguíneos, favorecendo o acúmulo de placas e a formação de coágulos.
4. Uso excessivo de anti-inflamatórios
Medicamentos anti-inflamatórios não esteroidais (como ibuprofeno e diclofenaco), quando usados com frequência e sem prescrição, podem elevar a pressão arterial e aumentar o risco de infarto ou AVC. O perigo é maior em pessoas com predisposição ou histórico familiar de problemas cardíacos.
5. Exposição constante à poluição
Estudos recentes indicam que viver em regiões com altos níveis de poluição do ar está associado ao aumento de infartos, arritmias e outras complicações cardiovasculares. Partículas finas presentes no ar entram na corrente sanguínea e promovem inflamação e estresse oxidativo. “Mesmo quem se alimenta bem e pratica exercícios pode estar sob risco se vive em locais com ar muito poluído. É uma variável ambiental que não pode ser ignorada”, completa o especialista.
Sobre o Dr. Rafael Marchetti
Rafael Marchetti é médico formado pela Faculdade Evangélica de Medicina do Paraná, com especialização em Cardiologia e título de especialista pela Sociedade Brasileira de Cardiologia. Médico do Exercício e Esporte, Possui pós-graduação em Medicina do Exercício e do Esporte, certificação internacional em Medicina do Estilo de Vida pelo IBLM e MBA em Gestão de Saúde. Com 20 anos de experiência, já coordenou UTIs cardiológicas e preceptou residência médica. Atualmente, atua no projeto Cardioendocrino & Lifestyle Medicine e no Lapinha Spa. É coautor do livro Revolução Alimentar e membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
*Texto escrito em parceria com MF Press Global



