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7 sinais de que Machado de Assis antecipou conceitos da psicanálise antes de Freud
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7 sinais de que Machado de Assis antecipou conceitos da psicanálise antes de Freud

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Bons Fluidos
02/11/2025 15h00
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Com uma escrita irônica, sutil e profundamente analítica, Machado de Assis retratou a sociedade e os conflitos humanos de maneira tão aguda que diversos conceitos da psicanálise, atribuídos a Sigmund Freud, já estavam presentes em sua obra sob outros nomes. Essa é a tese do pesquisador Adelmo Marcos Rossi, autor do livro “O Imortal Machado de Assis – Autor de Si Mesmo”. Ele revela como o Bruxo do Cosme Velho criou uma “psicologia conceitual” décadas antes da psicanálise surgir oficialmente. 

A partir da análise de romances, contos, crônicas, peças e poemas, Rossi demonstra como Machado estruturou um pensamento sobre o funcionamento da mente e das emoções humanas, antecipando noções do Freud.

Sete indícios dessa genialidade precoce

1. Narcisismo

Desde o conto “Três Tesouros Perdidos” (1858), confirmado na expressão “êmulo de Ovívio” (1859), Machado coloca o narcisismo no centro de suas análises de comportamento. Isso é algo que Freud só incorporaria à psicanálise décadas depois. 

2. A “cura pela fala”

Machado já aplicava o princípio de que o sofrimento pode ser elaborado por meio da palavra, ao usar a máxima “Similia similibus curantur” — o mesmo se trata com o mesmo. Esse conceito Freud retomaria como base da psicanálise. 

3. Reconhecimento do inconsciente

A expressão “uma sensação vale um raciocínio” indica que os desejos e impulsos ocultos escapam ao controle racional. Assim, antecipa a noção freudiana de que sentimentos inconscientes governam grande parte das ações humanas. 

4. Uso de “chistes” e lapsos

Com a petalogia – um conceito machadiano similar ao chiste de Freud – Machado faz ironias e trocadilhos com os quais expõe conteúdos autocensurados, os “atos falhos” ou janelas para o inconsciente. 

5. Amor de transferência

Amor de transferência em Freud é a amizade entre os amigos confidentes do mito grego Pílades e Orestes, que Machado importa para sua obra, criando vínculos afetivos que aparecem nas relações entre personagens. 

6. Tensão entre desejo e repressão

Seus enredos frequentemente colocam o desejo em conflito com normas sociais e morais, como faria Freud ao discutir a repressão e a formação dos sintomas neuróticos. 

7. A literatura como via para a alma

Machado intuía que a arte revelava a psique humana de forma mais completa que a ciência — ideia que o próprio Freud mais tarde reconheceria.

*Fonte: Maria Clara Menezes, da LC Agência de Comunicação

Leia também: Você sabia que existem diversos tipos de terapia? Conheça alguns”

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