8 mitos e verdades sobre amamentação

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Ao contrário do que muitos pensam, a amamentação não é um ato puramente instintivo. Afinal, o ser humano é influenciado pela cultura, sociedade e momento histórico – assim como o aleitamento materno. Atualmente, muitas mulheres enfrentam pressões e cobranças neste período. Quando as expectativas não são atingidas, o sentimento de culpa também é constante.
A ciência mostra que o leite materno é o alimento mais completo para os primeiros meses de vida de um bebê, por ser rico em nutrientes e anticorpos. Mas não é apenas dele que a criança pode se beneficiar. Confira, a seguir, alguns mitos e verdades sobre a amamentação:
1. “Amamentar reduz o risco de câncer de mama”:
Verdade. Estudos indicam uma redução de até 23% nos riscos de câncer de mama em mulheres que amamentam, além de trazer outros benefícios na sobrevida de pacientes que enfrentam a doença.
2. “É possível engravidar durante a amamentação”
Verdade. Embora a alta do hormônio prolactina reduza as chances de fertilidade, a ovulação pode acontecer mesmo com a amamentação ativa.
3. “Não pode comer chocolate durante a amamentação”
Mito. A mãe pode comer de tudo neste período, desde que com moderação. O chocolate, por exemplo, não é proibido e não provoca cólicas no bebê. Por outro lado, é fundamental manter uma alimentação equilibrada, já que a produção de leite aumenta a demanda do organismo. Recomenda-se, também, evitar bebidas alcoólicas e excesso de cafeína.
4. “Existe leite fraco”
Mito. Todo leite materno é adequado para o bebê. A ideia do “leite fraco” só gera insegurança para as mães e estimula o desmame precoce. O que pode acontecer é o bebê estar ingerindo uma quantidade insuficiente de leite. Quando isso ocorre, uma avaliação para entender o motivo é essencial.
5. “É preciso amamentar de 3 em 3 horas”
Mito. Essa regra não é obrigatória. Uma das estratégias mais recomendadas por profissionais é a livre demanda – ou seja, amamentar sempre que o bebê desejar.
6. “O tamanho dos seios interfere na amamentação”
Mito. O tamanho da mama não interfere nem na qualidade, nem na quantidade do leite produzido. No entanto, é importante ressaltar que mulheres com seios muito grandes podem ter maior dificuldade para encontrar a posição correta. Além disso, pessoas que já passaram por cirurgias mamárias (como redução ou implante de silicone) podem enfrentar dificuldade para amamentar.
7. “Amamentação não é indicado em todos os casos”
Verdade. Algumas condições de saúde contraindicam o aleitamento, como infecção por HIV, uso de medicamentos oncológicos ou infecções como sarampo e catapora. Nesses casos, o leite pode ser ordenhado e oferecido por outras vias.
8. “Mamadeiras e chupetas atrapalham a amamentação”
Verdade. O mecanismo de sucção envolvido no uso de chupetas e mamadeiras é muito diferente do utilizado para mamar no peito. O bebê pode acabar desenvolvendo uma “confusão” que o leva ao desmame precoce.
Amamentar é um aprendizado
Mais do que instintivo, amamentar é uma prática que exige informação, prática e apoio. O ato é aprendido. Por isso, buscar conhecimento e auxílio de profissionais é fundamental neste período.


