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Alimentos ultraprocessados aceleram o envelhecimento biológico; entenda
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Alimentos ultraprocessados aceleram o envelhecimento biológico; entenda

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Bons Fluidos
26/08/2025 18h09
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© Reprodução: Anthony Rahayel/Pexels
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Quando pensamos em envelhecimento, geralmente associamos ao número de anos vividos. Mas, na verdade, existe outra medida importante: a idade biológica, calculada a partir de marcadores no DNA que mostram o desgaste real do organismo. Essa idade pode ser diferente da cronológica e é influenciada por fatores como genética, sedentarismo e, principalmente, alimentação. Um novo estudo, liderado pela professora brasileira Barbara Cardoso, da Universidade Monash (Austrália), publicado na revista Age and Ageing, reforça a ligação entre o consumo de alimentos ultraprocessados e o envelhecimento precoce.

Como os ultraprocessados afetam o corpo

A pesquisa analisou dados de 16 mil americanos entre 20 e 79 anos. Eles foram coletados pelo estudo nacional NHANES (Pesquisa Nacional de Exames de Saúde e Nutrição dos EUA). O resultado foi claro:

  • Um aumento de 10% no consumo de ultraprocessados equivale a 2,4 meses a mais de envelhecimento biológico;
  • Pessoas que retiravam 68% ou mais das calorias diárias desses produtos tinham uma idade biológica em média 0,86 ano maior que a cronológica. Isso em comparação a quem consumia menos de 39%.

Segundo Barbara Cardoso, o grande problema está na exposição a substâncias químicas presentes nesses alimentos, desde conservantes e corantes até elementos usados nas embalagens. Esses compostos geram estresse no organismo e contribuem para o desgaste precoce.

“Se considerarmos uma dieta de 2.000 calorias por dia, consumir 200 calorias extras de ultraprocessados (o equivalente a uma pequena barra de chocolate) pode acelerar o envelhecimento biológico em mais de dois meses em relação à idade cronológica”, alerta a pesquisadora, em entrevista ao Catraca Livre.

Mais riscos além do envelhecimento

O consumo frequente de ultraprocessados já relacionou-se a: telômeros mais curtos, estruturas ligadas à longevidade celular; maior risco de declínio cognitivo e demência; e doenças graves, como obesidade, diabetes tipo 2, câncer, depressão e problemas cardiovasculares. Ou seja, além de roubar anos de juventude do corpo, esses alimentos afetam a saúde mental e física de forma ampla.

O que são ultraprocessados?

Segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira, entram nessa categoria os produtos industrializados com alto nível de processamento, adição de conservantes, corantes, aromatizantes e estabilizantes. Dentre os exemplos mais comuns estão: biscoitos industrializados; sorvetes e bolos prontos; cereais matinais açucarados; barras de cereais; temperos instantâneos; salgadinhos de pacote; refrigerantes, refrescos artificiais e bebidas energéticas; achocolatados e iogurtes adoçados; caldos industrializados; e produtos congelados prontos para consumo, como pizzas, hambúrgueres, nuggets e salsichas.

A boa notícia é que pode-se frear esse processo de envelhecimento acelerado com pequenas mudanças na alimentação. Pode-se adotar alguns passos simples na rotina, como: aumentar o consumo de alimentos integrais (como frutas, legumes, verduras, nozes e sementes); evitar produtos com listas longas de ingredientes no rótulo; e cozinhar mais em casa, preparando as próprias refeições.

A longevidade começa no prato

Escolher alimentos frescos e naturais é uma forma poderosa de proteger o corpo contra o envelhecimento precoce e doenças crônicas. A cada refeição, temos a chance de nutrir o organismo com o que ele realmente precisa para funcionar bem.

O estudo deixa uma mensagem clara: o que colocamos no prato pode influenciar diretamente a forma como envelhecemos. Por isso, reduzir os ultraprocessados não é apenas uma escolha de saúde – é um investimento em qualidade de vida e longevidade.

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