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Cigarro eletrônico aumenta chances de insuficiência cardíaca; entenda os riscos
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Cigarro eletrônico aumenta chances de insuficiência cardíaca; entenda os riscos

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Bons Fluidos
04/09/2025 15h59
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© Reprodução: Cava/rattanakun
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A comercialização, importação e propaganda do cigarro eletrônico são proibidas no Brasil. Mesmo assim, o uso dos chamados vapes cresce de forma acelerada, sobretudo entre os mais jovens. Um levantamento do Ipec revelou que, entre 2018 e 2022, o número de usuários quadruplicou. Já pesquisa da Unesp mostrou que 9,7% dos jovens entre 18 e 24 anos já experimentaram o dispositivo. Na faixa etária de 35 a 49 anos, a taxa cai para 3,3%.

Esses números acendem um alerta de saúde pública, já que o vape pode ser tão ou até mais prejudicial do que o cigarro tradicional. De acordo com a Unesp, os líquidos utilizados nesses dispositivos têm altas concentrações de açúcar, o que favorece cáries e doenças periodontais, além de estarem associados a danos mais graves ao organismo.

Pulmões em desenvolvimento

O impacto é ainda mais perigoso em adolescentes e jovens adultos, já que o corpo humano só completa seu desenvolvimento por volta dos 19 anos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que o uso de nicotina antes dessa idade aumenta as chances de dependência e eleva o risco de problemas graves no futuro.

Segundo relatório da OMS, 32 países já proibiram o cigarro eletrônico, incluindo Brasil, México, Índia e Argentina. Outros 79 estabeleceram restrições parciais, como a proibição de propaganda. Ainda assim, em 84 países não há medidas de controle.

Tabagismo volta a crescer no Brasil

Pela primeira vez em 20 anos, o número de fumantes no país voltou a aumentar. Em 2024, a proporção de adultos fumantes passou de 9,3% para 11,6%. Entre os homens, 13,8% fumam; já entre as mulheres, a taxa subiu de 7,2% para 9,8%.

De acordo com estudos recentes, o uso de vapes pode aumentar em até 19% o risco de insuficiência cardíaca, além de provocar inflamação pulmonar, prejuízos respiratórios e danos cardiovasculares. Os líquidos podem conter metais pesados, formaldeído e toxinas, enquanto a nicotina gera dependência tão forte quanto (ou até mais) que a do cigarro comum.

Os sintomas mais comuns incluem falta de ar, tosse crônica, infecções respiratórias frequentes e cansaço em atividades simples. Nos estágios avançados, pode ocorrer emagrecimento involuntário, perda de massa muscular e coloração arroxeada nos lábios.

Alerta importante

Embora muitos usuários recorram aos cigarros eletrônicos com a ideia de abandonar o tabaco, a OMS aponta que ainda não existem evidências científicas que confirmem essa eficácia. Pelo contrário, os riscos à saúde já são amplamente reconhecidos.

O uso precoce de nicotina em adolescentes, por exemplo, pode causar distúrbios de aprendizado, ansiedade e danos permanentes ao cérebro em desenvolvimento. A dependência gerada é tão forte que pode levar ao consumo de cigarros convencionais.

Como abandonar o hábito?

A OMS recomenda medidas práticas para quem deseja parar de fumar:

  • Definir uma data para largar o cigarro;
  • Avisar familiares e amigos para buscar apoio;
  • Estar preparado para sintomas de abstinência;
  • Eliminar objetos que lembrem o cigarro;
  • Contar com acompanhamento médico, quando possível.

Além disso, políticas públicas como campanhas educativas, acesso a terapias de reposição de nicotina e tratamentos alternativos continuam sendo fundamentais para reduzir o número de fumantes no mundo.

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