Como o estresse pode afetar nossa alimentação? Veja o que diz a ciência

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O estado emocional influencia diretamente o apetite. Algumas pessoas, ao passar por períodos de estresse, perdem totalmente a vontade de comer, o que pode levar à perda de peso significativa. Outras, ao contrário, recorrem à comida como forma de alívio, principalmente a alimentos ultraprocessados e calóricos. Mas afinal, o que a ciência diz sobre essa relação entre saúde mental e alimentação?
O que mostram os estudos
Em 2024, um estudo publicado na revista Physiology & Behavior analisou como o estresse afeta o apetite de pessoas entre 18 e 35 anos. O resultado mostrou que indivíduos mais estressados sentiam menos satisfação com a comida, parando de comer mais cedo.
Por outro lado, outras pesquisas apontam o caminho inverso: o estresse pode aumentar o consumo de alimentos ricos em açúcar, gordura e sal. O hormônio cortisol é o principal responsável por esse comportamento, já que ele aumenta os desejos e provoca um alívio psicológico imediato – mas que, a longo prazo, pode criar um ciclo difícil de quebrar.
O papel do corpo nesse processo
O estresse crônico também impacta o microbioma intestinal, favorecendo inflamações que afetam não apenas o corpo, mas também o humor e o comportamento alimentar. Esse ciclo pode levar a quadros de ansiedade, compulsão alimentar e ainda mais estresse.
Mesmo quando dizem não sentir fome, pessoas estressadas, segundo especialistas, continuam a se alimentar (embora com menos prazer e, muitas vezes, escolhendo alimentos pouco nutritivos). Com o passar do tempo, essa preferência tende a se intensificar, fazendo com que refeições equilibradas sejam substituídas por fast-food ou lanches açucarados.
Como quebrar o ciclo
Se a relação entre estresse e apetite se torna recorrente, é importante buscar ajuda profissional, seja com um psicólogo, psiquiatra ou nutricionista. Adotar uma alimentação balanceada e incluir exercícios físicos na rotina são estratégias que oferecem energia não apenas para o corpo, mas também para a mente. Em casos mais graves, quando os hábitos alimentares passam a prejudicar a saúde, há risco de evoluir para distúrbios alimentares, reforçando a necessidade de acompanhamento especializado.
O recado da ciência é claro: cuidar da saúde mental é também cuidar da forma como nos alimentamos. O equilíbrio entre corpo e mente é essencial para romper o ciclo do estresse e manter o bem-estar.



