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Existe um limite seguro para o consumo de álcool? Descubra!
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Existe um limite seguro para o consumo de álcool? Descubra!

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Bons Fluidos
26/09/2025 17h15
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Um trabalho científico publicado no BMJ Evidence-Based Medicine trouxe um alerta importante: não há nível seguro de consumo de álcool em relação ao risco de desenvolver demência. A análise, que envolveu mais de 560 mil pessoas, revelou que até pequenas doses podem comprometer a saúde cerebral ao longo dos anos.

Pequenas doses também fazem diferença

Até pouco tempo, alguns estudos sugeriam que existia um limite considerado “seguro”, no qual a bebida não aumentaria o risco de determinadas doenças. Mas os resultados recentes apontam o contrário. Sabe-se, atualmente, que qualquer quantidade ingerida pode elevar a probabilidade de demência no futuro.

O neurologista Richard Isaacson reforçou que o álcool prejudica o cérebro independentemente da quantidade consumida. Sobretudo, em pessoas que carregam a variante genética APOE4 – associada ao maior risco de Alzheimer. Além disso, a forma de consumo também faz diferença. Beber duas doses de uma só vez, especialmente em jejum e antes de dormir, tende a ser mais nocivo do que pequenas quantidades diluídas em refeições.

Impacto também na saúde mental

Estudo com mais de 27 mil pessoas observou que o consumo excessivo de álcool pode agravar sintomas de depressão em idosos, especialmente após a aposentadoria. Os pesquisadores reforçam, porém, que os dados são observacionais e precisam de novas investigações.

Em 2023, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, em artigo publicado na The Lancet Public Health: “Não existe nível de consumo de álcool que seja seguro à saúde”. A substância é classificada como carcinógena desde 2012, e seu consumo leve ou moderado já é associado a diferentes tipos de câncer.

Custos e impactos no Brasil

No Brasil, os impactos são sentidos também no sistema de saúde. Apenas em 2018, o SUS gastou R$ 1,7 bilhão no tratamento de cânceres associados ao álcool. A previsão do Inca é que esse valor chegue a R$ 4,06 bilhões até 2040, um aumento de 136%. “Consumir bebidas alcoólicas, em qualquer quantidade, aumenta o risco de desenvolver câncer de boca, faringe, laringe, esôfago, estômago, fígado, intestino (cólon e reto) e mama”, alerta o instituto. Todos os anos, entre todos os tipos de câncer, o Brasil registra 450 mil novos diagnósticos e 232 mil mortes, segundo o Inca.

A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) mostrou que entre 2013 e 2019 o consumo de álcool dobrou entre homens e quadruplicou entre mulheres, que são ainda mais suscetíveis aos efeitos nocivos da bebida. O Rio Grande do Sul aparece como o estado com maior prevalência: cerca de 40% da população adulta consome álcool ao menos uma vez por mês e um terço mantém o hábito semanalmente.

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