Filhotes de lobo-guará encantam público do Zoo de SP

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O Zoológico de São Paulo celebrou neste mês a apresentação ao público de dois filhotes de lobo‑guará. A novidade tem encantado os visitantes e representa um marco importante para os esforços de preservação da espécie, típica do Cerrado brasileiro.
Nascidos no dia 17 de maio, os filhotes — um macho e uma fêmea — passaram os primeiros meses em uma área reservada ao lado da mãe, Pitanga, onde receberam todos os cuidados necessários da equipe de veterinários e biólogos. Agora, com saúde e desenvolvimento adequados, foram para a área de visitação, sob a supervisão dos profissionais.
A reprodução do lobo‑guará em cativeiro é um processo desafiador, já que o animal é naturalmente solitário e sensível a alterações ambientais. De acordo com o biólogo Luan Morais, responsável pelo setor de mamíferos do Zoológico de São Paulo, houve um trabalho técnico cuidadoso para o sucesso da gestação. Ele explicou ao site g1 que, agora, o foco é o bem-estar dos animais.
Filhotes de lobo‑guará
A chegada dos filhotes ocorre em um momento crítico para a espécie. Estimativas recentes indicam uma redução de até 5% na população de lobos-guará nos últimos anos, com projeções apontando para queda ainda maior até 2030. Entre as principais ameaças estão a perda de habitat, atropelamentos, conflitos com humanos e o avanço do agronegócio sobre o Cerrado.
A exposição dos filhotes ao público tem como objetivo não apenas proporcionar uma experiência única aos visitantes, mas também servir como ferramenta de educação ambiental. Observando estas pequenas fofuras, público reflete sobre a importância da conservação da fauna silvestre e dos ecossistemas brasileiros. Em breve, o Zoológico lançará uma campanha interativa para escolha dos nomes dos filhotes, iniciativa que visa aproximar ainda mais os visitantes da causa ambiental.
O lobo‑guará (Chrysocyon brachyurus) é o maior canídeo da América do Sul. Com pelagem avermelhada, orelhas grandes e patas longas, desempenha um papel fundamental na dispersão de sementes e no equilíbrio ecológico do Cerrado. A espécie é classificada como “vulnerável” pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e como “quase ameaçada” pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).



