Fome, sono ou cólica? Descubra como identificar o motivo do choro do seu bebê

O choro é a primeira e mais importante forma de comunicação dos bebês. Sem a fala, eles recorrem a esse recurso para expressar desde necessidades básicas, como fome e sono, até sentimentos de desconforto, insegurança ou dor.

Nos primeiros dias de vida, o choro pode soar ainda mais intrigante para os pais, já que ocorre sem lágrimas. Isso porque as glândulas lacrimais estão em formação e só começam a produzir plenamente após o primeiro mês. Com o tempo, os cuidadores aprendem a reconhecer os sinais e a interpretar cada situação. Esse é um processo gradual de aprendizado e conexão, que exige paciência, atenção e disponibilidade emocional.

Tipos de choro e como lidar

O bebê não chora por “manha”: ele chora porque precisa de algo. Entre as causas mais comuns estão:

1. Choro de aconchego

Recém-nascidos podem estranhar o ambiente externo, depois de meses no útero materno. O cueiro ou manta, quando usados corretamente, simulam a contenção uterina e trazem segurança. O contato pele a pele também acalma e fortalece o vínculo.

2. Falta de movimento

Dentro da barriga, o bebê estava sempre em movimento. Fora dela, pode se incomodar com a imobilidade. Embalar, ninar no colo ou usar o canguru ergonômico transmite a sensação de movimento constante, acalmando-o.

3. Fome

Antes de chegar ao choro de fome, o bebê dá sinais: sucção das mãos, movimentos de procura com a boca, inquietação. Reconhecer esses sinais precoces evita que o bebê fique muito agitado e tenha dificuldade de mamar.

4. Dores

Muitas vezes, um choro pode ser dor de ouvido, cólica, dor de dente ou outra condição. Mão no ouvido e dificuldade ao deitar pode indicar dores no ouvido. Salivação intensa, gengivas inchadas e vontade de morder objetos podem ser sinais de uma dor de dente. Já um choro agudo e prolongado sugere cólicas. Nesses casos, é importante consultar um pediatra. Em cólicas, massagens circulares na barriga e compressas mornas ajudam.

5. Sono

Se o sono acompanhar bocejos, esfregar os olhos ou irritação constante, pode ser um indicador de sono. Crie um ambiente tranquilo, silencioso e escuro para o pequeno.

Como ajudar o bebê a parar de chorar

Quando a causa não é evidente, vale recorrer a estratégias que transmitem segurança:

• Ninar no colo ou carrinho, com movimentos leves e contínuos;
• Cantar canções de ninar ou falar com voz suave;
• Oferecer contato pele a pele, transmitindo calor e segurança;
• Criar sons constantes: aspirador de pó, máquina de lavar ou até ruído branco ajudam a lembrar os sons do útero;
• Enrolar o bebê em manta (com cuidado) para conter movimentos bruscos dos braços;
• Massagem suave: toques delicados podem aliviar cólicas e trazer conforto.

Paciência, prática e vínculo

Entender o choro do bebê não é uma ciência exata. É um processo de observação, tentativa e erro. Com o tempo, cada família desenvolve sua própria forma de identificar e responder ao choro, criando um vínculo mais forte e amoroso. O mais importante é lembrar: o bebê chora porque precisa se comunicar – e a resposta atenta dos pais constrói segurança emocional para toda a vida.