Labirintite: conheça possíveis causas e tratamentos

Popularmente conhecida como labirintite, a condição é, na verdade, uma inflamação no labirinto – estrutura no ouvido interno, responsável pelo equilíbrio e pela audição. Embora o termo seja amplamente usado, especialistas explicam que o mais correto seria “labirintopatia”.

Os sintomas mais frequentes incluem vertigem (sensação de que tudo está girando), tontura, náuseas, vômitos e zumbido. Em alguns casos, pode haver perda temporária da audição.

Quais são as causas e fatores de risco?

A inflamação pode ter origem viral ou bacteriana, e costuma surgir após gripes ou resfriados. Outros fatores também podem contribuir: traumas na cabeça, uso de certos medicamentos, problemas vasculares e doenças neurológicas. Pessoas com histórico de otite, hipertensão, diabetes ou colesterol elevado estão mais suscetíveis.

Como funciona o labirinto e por que sentimos tontura?

O labirinto é a estrutura do ouvido responsável pela audição e equilíbrio, e consiste em duas partes principais: a cóclea (converte vibrações sonoras em impulsos nervosos que chegam até o cérebro) e o sistema vestibular (uma rede de canais responsáveis pela orientação espacial do corpo). Dentro dele, existe um líquido que se move conforme mexemos a cabeça ou o corpo. O cérebro interpreta esse movimento do líquido para entender em qual posição estamos e, assim, manter o equilíbrio.

Quando giramos várias vezes e paramos de repente, por exemplo, o líquido dentro do ouvido e continua se movendo por alguns segundos. Essa moção contínua “engana” o cérebro , que ainda acha que estamos rodando. 

Labirintite ou labirintopatia?

Muita gente utiliza a palavra labirintite para qualquer problema no labirinto, mas o termo nem sempre está correto. A labirintite é um tipo específico de inflamação no labirinto ou no nervo vestibular. Já a labirintopatia é a definição correta para indicar qualquer alteração nesta parte do ouvido .

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da condição é clínico, feito por um médico, com base nos sintomas e histórico do paciente. O tratamento varia conforme a causa, e por isso, é fundamental a consulta com um profissional da saúde. Em geral, são indicados medicamentos antivertiginosos ou antibióticos em casos inflamatórios – além de repouso e muita hidratação .

Durante a crise, se recomenda evitar luz forte, sons altos, telas e estímulos visuais. É importante, também, diminuir o consumo de álcool, cigarro, chocolate e cafeína, que podem piorar os sintomas. O alívio costuma ocorrer entre dois a três dias, mas o equilíbrio pode demorar de uma a três semanas para se restabelecer completamente. Em alguns casos, a recuperação total pode levar até dois meses, especialmente quando não há o tratamento adequado logo no início do quadro.