Mariana Rios revela não conseguir engravidar por incompatibilidade genética com o parceiro; entenda

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A atriz Mariana Rios, de 39 anos, revelou estar enfrentando dificuldades para engravidar devido a uma incompatibilidade genética com seu parceiro, João Luis Diniz D’Avila. O desabafo foi feito durante sua participação no podcast Grande Surto, apresentado por Fernanda Paes Leme.
No programa, Mariana falou sobre seu tratamento de fertilização in vitro (FIV) para tentar gerar o primeiro filho. Durante o processo, a equipe médica detectou que ambos são portadores do mesmo gene recessivo. Caso um embrião herde as duas cópias desse gene, a gestação não evolui.
O que é incompatibilidade genética?
Primeiramente, para saber mais do assunto, é importante compreender o que é a incompatibilidade genética. E esta acontece quando os dois parceiros carregam mutações de um mesmo gene recessivo ou alterações cromossômicas que, combinadas, aumentam os riscos de doenças genéticas nos filhos, abortos espontâneos e insucesso em tratamentos reprodutivos.
Em entrevista à CNN, Edward Carrilho, especialista em reprodução assistida , explicou que esta é uma condição rara, que pode impactar gestações naturais ou assistidas. “Todos carregamos mutações recessivas. O problema surge quando o casal compartilha mutações do mesmo gene”, explicou.
Como realiza-se o diagnóstico?
Identifica-se a questão através de exames como o cariótipo (que detecta alterações no cromossomo) e paineis de compatibilidade genética (chamados carrier screening, que detectam genes recessivos herdáveis). Qualquer casal pode realizar esses testes, mas recomenda-se em casos de histórico familiar, abortos repetidos sem causa aparente ou casamentos consanguíneos.
Os testes permitem identificar os riscos de mais de 8 mil doenças de origem genética (como fibrose cística, síndrome de Down , hipertensão e alguns cânceres, por exemplo). No entanto, não existe uma garantia total. Sempre existe a chance de mutações novas ou doenças não rastreáveis. Ainda assim, o diagnóstico precoce pode salvar vidas ou permitir tratamento logo após o nascimento.
Quais são os caminhos possíveis após o diagnóstico?
No caso de casais com incompatibilidade genética, é possível realizar a FIV com teste genético pré-implantacional. Nessa técnica, analisam-se as células dos embriões para escolher apenas aqueles que não herdaram a mutação dos pais. Outra alternativa é a doação de óvulos ou espermatozoides, especialmente quando a produção de gametas saudáveis é limitada.


