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Metade das pessoas que têm diabetes, não sabe; entenda
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Metade das pessoas que têm diabetes, não sabe; entenda

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10/09/2025 18h44
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© Reprodução: Canva/Chinnapong
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Um novo levantamento publicado na revista The Lancet Diabetes & Endocrinology trouxe dados preocupantes sobre a realidade da diabetes no mundo. Apesar do avanço dos diagnósticos nas últimas décadas, cerca de metade das pessoas com a doença crônica não sabe que convive com ela, o que aumenta os riscos de complicações graves.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), atualmente 830 milhões de pessoas vivem com diabetes. Além disso, a previsão é de que esse número atinja 1,3 bilhão em 2050. O estudo analisou informações de 2023 em 204 países e territórios, revelando que 44,2% das pessoas com 15 anos ou mais não tinham conhecimento do diagnóstico. As maiores lacunas foram observadas na África Subsaariana Central, onde menos de 20% dos pacientes estão cientes da condição.

“Se quase metade [das pessoas com diabetes] não sabe que tem um problema de saúde grave e potencialmente mortal, pode facilmente tornar-se uma epidemia silenciosa”, afirmou Lauryn Stafford, investigadora do Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME), nos Estados Unidos.

Desafios no tratamento e no controle da doença

O estudo também apontou que mesmo os pacientes já diagnosticados enfrentam dificuldades para receber tratamento adequado. Globalmente, 8,6% não têm acesso a nenhuma forma de cuidado, e entre aqueles em tratamento, 58,4% apresentam mau controle dos níveis de glicose. Isso significa que quase quatro em cada cinco pessoas com diabetes não conseguem manter o açúcar no sangue dentro dos limites recomendados.

Há diferenças significativas entre as regiões do mundo. Pacientes de países ricos da América do Norte são os mais propensos a receber o diagnóstico, enquanto os maiores índices de tratamento estão concentrados em áreas de alta renda da região Ásia-Pacífico. Já no sul da América Latina, as pessoas em tratamento são as que mais conseguem manter o controle glicêmico adequado.

Os riscos da falta de controle

Quando não tratada, a diabetes pode trazer consequências graves. Entre elas, está a cetoacidose diabética, condição que ocorre quando a ausência de insulina leva ao acúmulo de ácidos no sangue. Além disso, a doença pode afetar órgãos vitais como coração, rins, olhos, vasos sanguíneos e nervos. Por isso, o diagnóstico precoce e o controle da pressão arterial são medidas fundamentais para evitar complicações de longo prazo.

Como reconhecer os sintomas da diabetes

Segundo a OMS, os sinais de alerta da diabetes incluem visão embaçada, fadiga constante, sede excessiva, perda de peso sem explicação e vontade frequente de urinar. Muitas vezes, os sintomas são leves e podem levar anos para serem percebidos. Já a diabetes tipo 1, menos comum, costuma se manifestar de forma mais rápida e exige tratamento imediato com insulina.

Os pesquisadores reforçam a necessidade de ampliar as políticas de saúde voltadas ao rastreamento e tratamento da doença. “Intervenções específicas para reforçar a capacidade dos sistemas de saúde para diagnosticar e gerir eficazmente a diabetes podem conduzir a melhores resultados em termos de saúde e reduzir o peso desta doença em crescimento”, destacaram os autores do estudo.

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