Método pioneiro busca impedir retorno do câncer de mama; confira

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Um dos principais pontos de preocupação diante de um diagnóstico de câncer de mama é a possibilidade de retorno da doença após o tratamento. Até recentemente, não havia formas de identificar o risco nem de preveni-lo. Cientistas da Universidade da Pensilvânia, contudo, parecem estar perto de mudar esse cenário
Método para impedir o retorno do câncer de mama
Em busca de prever e evitar a reincidência da condição, inicialmente, os pesquisadores focaram em estudar as chamadas “células tumorais adormecidas”, que podem ser reativadas até décadas depois do tratamento e não aparecem em exames tradicionais.
Assim, foi possível descobrir métodos capazes de detectar esse componentes — responsáveis por elevar a probabilidade de recorrência do câncer e reduzir a sobrevida. Em seguida, após maiores análises, os estudiosos desenvolveram um medicamento com potencial para combatê-los.
“Nossa pesquisa mostra que essa fase adormecida representa uma oportunidade para intervir e erradicar as células tumorais antes que elas tenham a chance de retornar como uma doença metastática agressiva”, apontou o autor principal do estudo, Lewis Chodosh, em comunicado à imprensa.
O próximo passo, contudo, foi testar as novas descobertas. Para isso, eles convidaram 51 sobreviventes que haviam completado os cuidados nos últimos cinco anos e não tinham quaisquer problemas de saúde desde então. Foram feitos, portanto, exames com amostras da medula óssea, e aqueles com células adormecidas passaram a receber os fármacos.
Depois de, no máximo, 12 meses, segundo estudo publicado na Nature Medicine, 80% dos participantes já não apresentavam mais os componentes nocivos no corpo. Três anos após o experimento, a taxa de sobrevida sem reincidência do câncer foi superior a 90% entre os pacientes que receberam apenas um medicamento. Já entre os que consumiram dois fármacos, a estimativa chegou a 100%.
Agora, os especialistas procuram por novos voluntários para avaliar melhor o método, bem como seus efeitos adversos, e, posteriormente, possibilitar a sua comercialização. “Queremos oferecer às pacientes uma opção melhor do que ‘esperar para ver’ após a conclusão do tratamento do câncer de mama. Esses resultados nos encorajam e nos fazem acreditar que estamos no caminho certo”, esclareceu a pesquisadora Angela DeMichele.



