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Por que nós sonhamos? Conheça as teorias científicas sobre o assunto
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Por que nós sonhamos? Conheça as teorias científicas sobre o assunto

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Bons Fluidos
31/05/2025 16h00
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© Reprodução: Ron Lach/Pexels
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Você sabe por que sonhamos? Os sonhos são experiências intensas que ocorrem enquanto dormimos. Envolvem imagens, emoções e sensações físicas. Segundo a Associação Americana de Psiquiatria (APA), eles são um estado consciente que se manifesta, principalmente, durante o sono REM – fase caracterizada pelo movimento rápido dos olhos – e, em menor grau, também no sono NREM.

Enquanto os sonhos do sono NREM tendem a ser mais abstratos e voltados para pensamentos e sentimentos, os do sono REM são geralmente vívidos, com imagens visuais marcantes, forte carga emocional e sensações realistas.

Como a ciência explica os sonhos?

Desde a Antiguidade, os sonhos despertam curiosidade nos estudiosos. Hipócrates (460-377 a.C.), por exemplo, acreditava que eles poderiam revelar sinais precoces de doenças. Já Sigmund Freud (1856-1939), considerado o “pai da Psicanálise ”, os sonhos são representações simbólicas de desejos reprimidos, censurados pela consciência para evitar sofrimento psíquico.

Com o avanço da neurociência, a partir das décadas de 1950 e 1960, o sonho passou a ser investigado como um fenômeno ligado à atividade cerebral . Mesmo assim, os cientistas ainda não chegaram a um consenso sobre o seu verdadeiro propósito.

Sonhar pode ajudar a processar emoções

Apesar do mistério, algumas teorias ganharam força ao longo dos anos. Uma delas defende que o sono REM contribui para o processamento emocional e a consolidação da memória afetiva. Um estudo publicado pela revista Frontiers in Psychology aponta que os sonhos podem servir como uma simulação do mundo real, funcionando como uma espécie de “ensaio” para lidar com os desafios da vida.

Outro experimento conduzido por cientistas das Universidades de Michigan e Rice revelou um dado surpreendente: durante o sono , é possível prever eventos futuros. Ao treinarem ratos para percorrerem um labirinto, pesquisadores monitoraram a atividade dos neurônios do hipocampo. Notaram que, durante o sono, essas células recriavam os caminhos percorridos e até antecipavam trajetórias. 

Essa capacidade, segundo os estudiosos, reforça a ideia de que o cérebro utiliza a hora do sono para consolidar aprendizados e simular futuras interações com o ambiente.

O cérebro sonha para lembrar – e para esquecer

Existem diversas teorias que tentam explicar por que sonhamos. A seguir, confira algumas das principais hipóteses propostas pela ciência:

1. Realização de desejos:

Tudo aquilo que lembramos nos sonhos é uma representação de pensamentos e desejos inconscientes . Dessa forma, os sonhos funcionam como uma válvula de escape para a mente.

2. Reforço da memória

Um estudo de 2010 mostrou que existe maior taxa de sucesso para resolver um labirinto quando as pessoas sonham com este labirinto. No experimento, voluntários que tentaram sair do labirinto após sonhar com ele demonstraram um desempenho dez vezes maior do que aqueles que não sonharam. Isso indica que sonhar pode ajudar a fortalecer memórias .

3. Limpeza neural

O nosso cérebro possui mais de 10 mil trilhões de ligações neuronais , que são criadas sempre que pensamos em fazer algo novo. De acordo com outra teoria, durante o sono REM, o cérebro revisa todas essas conexões e elimina aquelas que não são mais úteis – um processo fundamental para a saúde mental.

4. Manutenção da atividade cerebral

Como uma espécie de “proteção”, os sonhos mantêm o cérebro ativo enquanto ele não está sendo estimulado pelo mundo externo, diz a teoria.

5. Treinamento de instintos

Pesadelos, segundo alguns pesquisadores, podem ser simulações benéficas. Isso porque eles simulam situações perigosas, ajudando o cérebro a ensaiar reações instintivas.

6. Cura emocional

Durante o sono, neurotransmissores ligados ao estresse ficam menos ativos. Isso favorece o processamento de traumas com menos sofrimento. Por isso, sonhar pode contribuir para a saúde mental .

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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