Por que sentimos ciúme? Descubra o que diz a Psicologia

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O ciúme é um sentimento comum a todos nós e pode surgir em qualquer tipo de relação – seja ela amorosa, familiar ou até entre amigos. Apesar de parecer uma demonstração de cuidado, quando se manifesta de forma intensa, ele pode prejudicar os relacionamentos e a saúde emocional de quem sente e de quem convive com isso.
O que está por trás do ciúme?
Segundo a psicóloga Milena Lhano ao Zenklub, o ciúme costuma nascer da insegurança. “Ele pode estar presente quando existe desconfiança, insegurança , tendência ao controle e posse, por exemplo, dentre outros fatores que dificultam confiar na outra pessoa”, explicou. Experiências traumáticas, como traições ou relações abusivas no passado, também influenciam.
É comum sentir ciúme em situações pontuais. Mas quando o sentimento vira constante, desproporcional e sem base real, pode se tornar patológico. O chamado ciúme obsessivo se afasta do amor e se aproxima do controle. Dessa forma, a pessoa passa a viver em função de provas de traição que muitas vezes nem existem – o que, com o tempo, destrói vínculos afetivos .
Sinais de alerta
Alguns sinais ajudam a identificar quando o ciúme está em níveis preocupantes. São eles: medo irracional do abandono; fiscalização constante de mensagens e redes sociais; tentativas de controlar rotinas, roupas e amizades do outro; crises de ansiedade quando longe da pessoa amada; criação de histórias sem fundamentos reais; sentimentos de tristeza profunda e solidão.
Para quem está do outro lado da relação , o ideal é não se calar. Avaliar os riscos e buscar apoio é essencial. Ademais, sensação de estar sendo controlado não deve ser normalizada. Aconselha-se conversar com pessoas de confiança e procurar ajuda especializada para sair de relações abusivas.
Existe tratamento?
A boa notícia é que existe tratamento para o ciúme excessivo . A psicoterapia é uma das principais aliadas no enfrentamento desta questão. Através do acompanhamento psicológico, é possível entender a origem do sentimento, desenvolver inteligência emocional e fortalecer a autoestima.
Além da terapia, algumas atitudes podem ajudar a controlar os sintomas negativos: focar em atividades prazerosas; investir em hobbies e exercícios físicos ; ter conversas sinceras com o(a) parceiro(a); estabelecer limites saudáveis em uma relação; evitar alimentar pensamentos negativos e buscar o foco no presente.


