SUS libera dois novos tratamentos para endometriose; saiba tudo sobre eles

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Após recomendação da Conitec, o Ministério da Saúde informou que irá disponibilizar no Sistema Único de Saúde (SUS) dois novos tratamentos para endometriose. A condição afeta, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 10% das mulheres e meninas em idade reprodutiva no mundo todo.
Novos tratamentos chegam ao SUS
A decisão, divulgada no Diário Oficial da União em 27 e 30 de maio, incorpora à rede pública de saúde o desogestrel – um anticoncepcional oral – e o Dispositivo Intrauterino Liberador de Levonogestrel (DIU-LNG), um mecanismo implantado no interior do útero .
Os métodos combatem a endometriose – enfermidade crônica pelo crescimento pelo tecido que reveste a região uterina – por meio de hormônios. O fármaco inibe a ovulação e bloqueia as flutuações hormonais, reduzindo as dores e o avanço da doença. De acordo com o Ministério da Saúde, um ponto positivo é que ele pode ser indicado após avaliação médica, antes mesmo do diagnóstico se confirmar com exames.
O DIU-LNG, por sua vez, libera as substâncias de forma localizada, impedindo a expansão do endométrio. “A nova tecnologia pode melhorar a qualidade de vida das pacientes. Isso porque sua troca só ocorre a cada cinco anos, o que contribui para aumentar a adesão ao tratamento”, diz o órgão, em um comunicado.
Quem terá acesso?
O desogestrel estará disponível para pacientes com indicação para o uso de anticoncepcionais orais. O dispositivo intrauterino, no entanto, se restringirá somente às mulheres que não podem recorrer ao medicamento por contraindicação ou ausência de resposta ao tratamento. A estimativa é de que eles cheguem aos postos e hospitais da rede pública em até 180 dias.
“Mais do que inovação, estamos falando de garantir cuidado oportuno e eficaz para milhares de mulheres que convivem com a dor e o impacto da endometriose em seu dia a dia. A oferta desses dois tratamentos representa, acima de tudo, qualidade de vida para as pacientes e um avanço relevante na atualização tecnológica do SUS — fruto de um processo criterioso, conduzido com base nas melhores evidências científicas pela Conitec”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.


