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Médico aponta consequências de vício de MC Guimê em álcool e drogas: 'Devastadoras'
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Médico aponta consequências de vício de MC Guimê em álcool e drogas: 'Devastadoras'

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Caras
25/04/2025 16h10
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Nesta sexta-feira (25), MC Guimê (32) usou suas redes sociais para fazer um desabafo pessoal para os seguidores. O cantor admitiu que enfrentou o vício em álcool e drogas, mas que estava decidido a mudar seu estilo de vida. O ex-participante do BBB 23 ainda destacou que enfrentou crises pelo uso excessivo de substâncias.

Em entrevista à CARAS BrasilDR. José Fernandes Vilas aponta quais são as consequências físicas e psicológicas do uso excessivo de álcool e drogas. "A dependência química não afeta apenas o corpo — ela atinge a mente em níveis profundos. Entre os principais danos psicológicos estão: ansiedade extrema, depressão, crises de pânico, paranoia, alterações de humor, irritabilidade, lapsos de memória, despersonalização e sensação de vazio existencial. Do ponto de vista neurobiológico, o uso crônico de substâncias modifica a química cerebral, principalmente os circuitos de recompensa e controle inibitório", explica.

"O cérebro passa a priorizar o alívio imediato, mesmo diante de consequências devastadoras. Com o tempo, o sujeito não usa mais para sentir prazer — ele usa para parar de sentir dor. Além disso, há uma desconexão progressiva com a identidade, com os afetos e com os propósitos. E isso costuma gerar o que chamamos de colapso psíquico funcional: a perda da capacidade de trabalhar, amar, criar e até mesmo cuidar de si", acrescenta.

Em seu relato, MC Guimê confessou que continua fumando maconha e justificou que é uma "erva que inclusive foi reconhecida e legalizada como medicina em diversos países". Entretanto, o psiquiatra aponta que o uso de substâncias pode desencadear o vício em outras drogas.

"Esse comportamento é conhecido como uso cruzado ou substituição de substância. Para um adicto em recuperação, o cérebro permanece em estado de vulnerabilidade. Qualquer substância psicoativa pode reativar os circuitos neurais do vício, mesmo que ela pareça 'mais leve' ou 'natural'. A maconha, embora legalizada em alguns contextos, não é inofensiva — especialmente para indivíduos com histórico de dependência múltipla", destaca.

"Ela pode atuar como um gatilho silencioso, mantendo o cérebro em um ciclo de recompensa artificial e favorecendo recaídas com outras drogas. Além disso, o uso contínuo de maconha pode prejudicar o funcionamento cognitivo e emocional, dificultando a construção de novos hábitos e atrapalhando a consolidação da recuperação. Inclusive, a maconha é fator de risco para o desenvolvimento do quadro de esquizofrenia", acrescenta.

À CARAS Brasil, o especialista diz que adictos em recuperação, como o músico, podem realizar uma série de mecanismos que contribuem com a recuperação. "A recuperação de um adicto não é só parar de usar — é reconstruir a própria identidade. E isso passa por três pilares essenciais: acompanhamento psiquiátrico e psicológico especializado, que compreenda as raízes emocionais da dependência, e não apenas os sintomas visíveis; criação de uma rotina com propósito e previsibilidade, ajudando o cérebro a sair do modo impulsivo e buscar segurança emocional; conexões humanas saudáveis, pois a solidão é um dos maiores fatores de recaída".

"Além disso, práticas como atividade física, alimentação anti-inflamatória, espiritualidade e inserção social ativa são ferramentas fundamentais na abordagem que chamo de reabilitação neurofuncional integrativa — onde o foco não é apenas a abstinência, mas a construção de uma vida com sentido, pertencimento e saúde verdadeira", finaliza.

Leia também: MC Guimê revela vício em álcool e outras drogas e faz desabafo: ‘Sou pecador e falho’

Leia a matéria original aqui.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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