Estudante contrai HPV na academia: saiba mais sobre a infecção e a vacinação

A estudante Victoria Sartorelli compartilhou em seu TikTok que contraiu o Papilomavírus Humano (HPV) após frequentar a academia e descobrir uma verruga em seu dedo. O vídeo viralizou nas redes sociais e trouxe à tona a preocupação das pessoas em relação à possibilidade de contrair o vírus ao utilizar equipamentos compartilhados. Entretanto, especialistas esclarecem que a transmissão do HPV ocorre principalmente por contato sexual. É possível, no entanto, contrair o HPV em qualquer parte do corpo se a pele tiver contato direto com a lesão verrugosa que foi lesada, principalmente com o sangue da lesão e se a pele estiver ferida. A pele íntegra, sem ferimentos, protege conta a infecção pelo vírus.

Reprodução / TikTok

Segundo o Ministério da Saúde, existem cerca de 200 tipos de HPV que podem afetar a pele ou mucosas, sendo que a maioria das pessoas pode ser infectada em algum momento da vida. O vírus atinge aproximadamente 80% da população, muitas vezes sem que haja manifestação de sintomas visíveis. Embora a infecção seja mais comum em mulheres, ela também pode afetar homens, gerando lesões no pênis, na região pubiana e perianal, entre outros locais.

Dermatologistas explicam que o contato com superfícies contaminadas, como os equipamentos da academia, não é uma forma comprovada de transmissão do HPV. O vírus é transmitido principalmente por meio do contato direto com a pele ou mucosas infectadas, destacando-se a importância da prevenção e da vacinação.

Para prevenir a infecção por HPV, a vacinação é fundamental. Mesmo que a vacina tenha sido inicialmente desenvolvida para pessoas sem contato prévio com o vírus, estudos demonstram que ela também é eficaz em casos de exposição anterior. A vacina contra o HPV está disponível em dose única desde abril de 2024 pelo SUS, sendo destinada à faixa etária de 9 a 14 anos e grupos específicos definidos pelo Programa Nacional de Imunização.

Apesar disso, a adesão à vacina de HPV no Brasil ainda não alcançou os níveis recomendados pela OMS. Entre 2013 e 2020, apenas 76% do público-alvo recebeu a primeira dose, enquanto a segunda dose foi aplicada em 56% dos casos. É importante ressaltar que a vacinação contra o HPV é fundamental para a prevenção de subtipos do vírus associados a casos de câncer, contribuindo assim para a redução da incidência destas doenças na população.

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