Estudo revela que o envelhecimento do cérebro é determinante para a longevidade

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Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, constatou que a velocidade com que o cérebro de um indivíduo envelhece é o fator mais crucial na determinação da longevidade. Ao analisar amostras de sangue de quase 45 mil pessoas, os cientistas conseguiram rastrear as proteínas até seus órgãos de origem e calcular suas idades biológicas. Segundo a pesquisa, a idade biológica do cérebro desempenha um papel mais relevante do que a de outros órgãos, como músculos, coração, pulmão, artérias, fígado e rins, na expectativa de vida.
O estudo, liderado pelo professor de Stanford Tony Wyss-Coray e publicado na Nature Medicine, aponta que pessoas cujo cérebro envelhece mais rapidamente têm maior probabilidade de desenvolver a doença de Alzheimer e apresentam um aumento considerável no risco de mortalidade por diversas causas. Wyss-Coray enfatizou que o cérebro é crucial para a longevidade, sendo denominado como o "guardião da longevidade".
Após analisar amostras de sangue de participantes de meia-idade do UK Biobank, os pesquisadores identificaram que, além do cérebro, o sistema imunológico exerce uma forte influência na longevidade. Indivíduos com um cérebro e sistema imunológico mais jovens apresentaram taxas de mortalidade inferiores em comparação com aqueles com esses órgãos envelhecidos. Os pesquisadores, incluindo Eric Topol, especialista em longevidade, ressaltaram a importância dessas descobertas para a medicina, indicando possíveis aplicações no desenvolvimento de novas ferramentas de diagnóstico.
Heike Bischoff-Ferrari, professora de medicina do envelhecimento na Universidade da Basileia, acrescentou que os relógios de envelhecimento de órgãos baseados no sangue podem revelar um alto risco de doenças numa fase anterior às medidas tradicionais utilizadas na medicina. Isso poderia possibilitar um tratamento preventivo mais eficaz, antes que mudanças estruturais se manifestem. Além disso, o estudo apontou que os perfis de proteínas relacionados à idade biológica são independentes de biomarcadores conhecidos, abrindo caminho para o desenvolvimento de novos testes de idade. O estudo pode ser acesso pelo site da Revista.
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