Nova métrica de saúde pode ser mais eficaz na previsão de doenças cardiovasculares do que o IMC

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Pesquisadores da Universidade de Lund, na Suécia, realizaram um estudo com quase 1.800 adultos de diferentes faixas etárias para investigar a relação entre a relação cintura-estatura (RCE) e o desenvolvimento de insuficiência cardíaca. Os participantes, com idades entre 45 e 73 anos, foram acompanhados ao longo do tempo, sendo que 132 deles desenvolveram a condição cardíaca. Os resultados do estudo apontaram que uma RCE de 0,65 ou mais aumenta em três vezes o risco de desenvolver insuficiência cardíaca. A descoberta foi apresentada durante um congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia.
Atualmente, o índice de massa corporal (IMC) é a medida mais comum para determinar riscos de doenças cardiovasculares. No entanto, o estudo conduzido pela Universidade de Lund sugere que a RCE pode ser um indicador mais significativo, pois leva em consideração a distribuição da gordura corporal. O médico John Molvin, um dos pesquisadores responsáveis pelo estudo, destacou a importância da RCE como um preditor relevante de insuficiência cardíaca, em comparação ao IMC.
A relação cintura-estatura (RCE) é calculada dividindo a circunferência abdominal pela altura da pessoa. Para obter o resultado, basta medir a circunferência abdominal, mais ou menos na altura do umbigo, e em seguida dividir esse valor pela altura, ambos em centímetros. O ideal é que a cintura seja menor que a metade da altura da pessoa, ou seja, um RCE abaixo de 0,5 é considerado saudável, com valores entre 0,4 e 0,49 indicando uma situação ainda mais favorável.
O excesso de gordura abdominal, medido pela RCE, está associado ao desenvolvimento de doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e outras condições de saúde. Para prevenir a insuficiência cardíaca e melhorar a qualidade de vida, é fundamental buscar o diagnóstico precoce e o acompanhamento médico adequado. Com base nas informações do estudo conduzido pelos pesquisadores suecos, a RCE surge como uma métrica promissora na identificação de potenciais riscos cardiovasculares, oferecendo uma abordagem complementar ao tradicional índice de massa corporal.
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