Vacina experimental apresenta resultado promissor contra câncer de intestino e pâncreas

Uma vacina experimental denominada ELI-002 2P mostrou-se altamente promissora no tratamento de cânceres de intestino e pâncreas. A terapia, baseada em imunoterapia injetável, conseguiu dobrar a expectativa de vida de pacientes com tumores agressivos, além de quintuplicar o tempo em que os pacientes ficaram livres da neoplasia. Desenvolvida com o intuito de estimular o sistema imunológico contra mutações no gene KRAS, conhecido por causar tumores de pâncreas e colorretais, a vacina se mostrou eficaz em estudos clínicos.

Segundo os dados divulgados na revista Nature Medicine em 11 de agosto, os resultados obtidos com a vacina ELI-002 2P são bastante encorajadores. Pacientes tratados apresentaram uma média de sobrevida global de 28,94 meses, quase o dobro da média geral de pacientes com esse tipo de câncer. Além disso, a média de tempo vivido sem a doença, denominada sobrevida livre de recidivas, ficou em 16,33 meses, em contraste com os três meses registrados em pacientes sem o tratamento.

O estudo clínico de fase 1, chamado Amplify-201, acompanhou 25 pacientes submetidos a cirurgia para a remoção de tumores pancreáticos ou colorretais. Todos os participantes apresentavam sinais de doença residual mínima ou presença de DNA tumoral no sangue. A vacina, que utiliza uma tecnologia de imunoterapia para transportar antígenos diretamente aos linfonodos, teve uma taxa de sucesso significativa entre os voluntários, com 84% desenvolvendo células T específicas para combater os tumores do gene KRAS.

O estudo revelou que a vacina ELI-002 2P não apenas foi capaz de estimular respostas intensas do sistema imunológico contra as mutações do KRAS, como também demonstrou segurança e eficácia em promover defesas de longa duração. Além disso, a pesquisa apontou que 67% dos pacientes desenvolveram respostas contra outras mutações tumorais, ampliando o potencial de combate da vacina. A grande promessa desse tratamento reside na possibilidade de oferecer mais tempo de vida a pacientes que enfrentam prognósticos limitados devido a tumores sólidos ligados ao gene KRAS.

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