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Veja as causas e os fatores de risco da trombofilia
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Veja as causas e os fatores de risco da trombofilia

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Portal Edicase
02/05/2025 19h00
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©Diagnóstico precoce de trombofilia evita complicações graves (Imagem: Kateryna Kon | Shutterstock)
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Existem condições de saúde que passam despercebidas até que se tornem urgentes, como é o caso da trombofilia, uma alteração que aumenta a propensão à formação de coágulos no sangue. O problema, apesar de não parecer, é mais frequente do que se imagina e pode ter consequências sérias quando não identificado precocemente. Contudo, nem sempre os pacientes conseguem reconhecer os sinais iniciais e, por isso, não buscam auxílio médico.

Segundo a ginecologista Dra. Renata Moedim e o cirurgião vascular Dr. Caio Focássio, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, investigar corretamente a doença pode ser crucial para evitar complicações graves, como trombose venosa profunda, embolia pulmonar e riscos durante a gestação.

“A trombofilia pode ser hereditária ou adquirida. Muitas vezes, a primeira manifestação acontece em situações de maior risco, como gravidez , uso de anticoncepcionais hormonais, pós-operatórios ou longas viagens”, explica o Dr. Caio Focássio.

No contexto da saúde da mulher, a preocupação com a trombofilia é ainda maior. “A gravidez por si só já é um estado pró-trombótico natural, e quando a mulher tem uma trombofilia não diagnosticada, o risco de complicações como pré-eclâmpsia, restrição de crescimento fetal, abortamento e parto prematuro aumenta consideravelmente”, alerta a Dra. Renata Moedim.

Quando investigar a doença

Segundo os médicos, o rastreamento para trombofilia deve ser considerado em casos como:

  • Histórico pessoal ou familiar de trombose antes dos 50 anos;
  • Abortos espontâneos de repetição ou perda fetal tardia;
  • Complicações obstétricas como pré-eclâmpsia grave ou descolamento prematuro da placenta ;
  • Mulheres que pretendem usar pílula anticoncepcional e têm histórico familiar sugestivo;
  • Pacientes que sofreram trombose sem fatores de risco aparentes (como trauma ou cirurgia recente).
tubos de exame de sangue com tampas coloridas na grade em laboratório
A trombofilia pode ser diagnosticada por meio de exames de sangue específicos que avaliam mutações genéticas (Imagem: Photoroyalty | Shutterstock)

Exames para diagnóstico de trombofilia

Os especialistas afirmam que o diagnóstico de trombofilia envolve exames de sangue específicos que avaliam mutações genéticas (como Fator V de Leiden, mutação da protrombina), deficiência de proteínas anticoagulantes naturais (proteína C, proteína S, antitrombina III) e presença de anticorpos antifosfolípides.

A Dra. Renata Moedim e o Dr. Caio Focássio também ressaltam que quem tem fatores de risco ou histórico familiar deve conversar com o médico sobre a possibilidade de investigação, pois a trombofilia é silenciosa e pode causar consequências graves. “Diagnosticar e tratar de forma adequada salva vidas e evita danos irreversíveis”, reforçam.

Tratamentos para trombofilia

Uma vez diagnosticada a trombofilia, o tratamento é individualizado. Pode incluir uso de anticoagulantes em situações específicas — como durante a gestação, no pós-parto, em viagens longas ou antes de cirurgias. “Em mulheres grávidas, o uso de anticoagulantes de forma preventiva pode ser essencial para garantir uma gestação segura”, afirma a Dra. Renata Moedim.

O Dr. Caio Focássio reforça que, fora da gestação, é fundamental orientar o paciente sobre sinais de alerta, como incha ço súbito nas pernas, dor, vermelhidão ou falta de ar, que podem indicar formação de coágulos.

Por Mayra Barreto Cinel

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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